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“Conheça sua Cidade” chega à 2ª edição de 2023 e aborda identidade cultural e história
Referências, origens e cidadania. A cidade em que nascemos e a que moramos fazem parte da nossa história e da formação da nossa identidade a partir desses três pilares. Para refletir sobre o assunto, na tarde desta terça-feira (31), alunos dos cursos de Saneamento e Eletrotécnica do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e o público externo participaram da 2ª edição do ano da oficina “Conheça sua Cidade”. A atividade é promovida pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em parceria com o instituto, e, desde o ano passado, tem abordado a história e memória pernambucana, passando por seus patrimônios materiais e imateriais, com foco no Recife e em Olinda.
A especialista em Turismo e professora Andrea Berenguer ministrou uma parte da atividade falando sobre a história do nascimento das cidades irmãs. “Espero que esse momento seja muito significativo. Cícero Dias disse: “Eu vi o mundo, ele começava no Recife”. Ou seja, o mundo começa onde a gente nasce. Então por que conhecer sua cidade e seu entorno?”, refletiu Andrea.
Um dos estudantes, Everton, ressaltou que é importante descobrir as suas origens. Já outra aluna, Suelen, respondeu que conhecer a sua cidade é também ter uma referência para o futuro. Além disso, a professora acrescentou que o lugar em que uma pessoa nasce é também um fator que forma a sua identidade cultural. No caso do Recife, por exemplo, o contato com europeus através do porto fez com que a população se vestisse e se comportasse de formas diferentes do restante do Brasil.
Pesquisa e memória
A oficina “Conheça a sua cidade: Recife e Olinda” também contou com outras atividades ao longo da tarde. A coordenadora da Biblioteca Blanche Knopf, da Fundaj, Nadja Tenório, apresentou aos estudantes a ferramenta Pesquisa Escolar Online. "É uma plataforma incrível e tem muitas informações para quem quer conhecer a sua cidade”, explicou. O Pesquisa Escolar é um espaço que estimula a busca por temas relacionados à história, à cultura, aos patrimônios materiais e imateriais e à realidade social brasileira.
Ao fim da aula, os participantes foram levados ao Museu do Homem do Nordeste (Muhne) para uma visita guiada. Lá, tiveram contato e aprofundaram suas reflexões em relação à identidade do nordestino, passando por obras da exposição que falam sobre religião, Carnaval e influências dos europeus, dos indígenas e dos negros. Muitos dos estudantes presentes nunca tiveram contato com nenhum museu.
A professora de História na Rede Estadual, Eliete Oliveira, participou do projeto nesta terça-feira. “Como eu sou da área de História, acredito que a História precisa ser contada com paixão e não só como livro didático. Tenho a expectativa de trazer meus alunos para conhecerem essa estrutura para que eles possam conhecer também a história da cidade”, contou.