25/MAI/2022 - Concerto Cortina Lírica - Lançamento do livro "Panorama da Ópera no Brasil"
Cortina Lírica - Concerto de Lançamento
Data: 25 de maio de 2022, às 18h
Local: Teatro Dulcina - Rio de Janeiro, RJ
Descrição do Evento
Concerto Cortina Lírica
Sophia Dornellas (soprano)
Guilherme Moreira (tenor)
Priscila Bomfim (piano)
Programa:
W. A. Mozart – Ópera Le nozze di Figaro – “Deh Vieni non tardar”
W. A. Mozart – Ópera Cosi fan tutte – “Tradito schernito”
Gaetano Donizetti – Ópera Don Pasquale – “Quel guardo il cavalieri”
Gaetano Donizetti – Ópera L'elisir d'amore – “Una furtiva lagrima”
João Guilherme Ripper – Ópera Piedade – “É preciso morrer”
Tim Rescala – Ópera O Engenheiro – “O nosso mundo está ruindo”
Charles Gounod – Ópera Fausto – "Salut! demeure chaste et pure"
Charles Gounod – Ópera Romeo e Julieta – “Je veux vivre”
Giacomo Puccini – Ópera La Bohème – "Si, mi chiamano Mimi"
Giacomo Puccini – Ópera La Bohème – "O Soave Fanciulla"
Panorama da ópera no Brasil - lançamento do livro
após o concerto
Descrição do Evento:
Autores: Claudio Figueiredo e Nubia Melhem Santos
Edições Funarte
Páginas: 288
Tamanho: 18x26cm
Preço: R$ 50,00
Publicação – voltada para o público não especializado – conta a história da difusão do gênero no país desde o período colonial até o século XX.
A partir de agora, quem não conhece ópera ou conhece pouco poderá se aprofundar nesse gênero artístico musical. No dia 25 de maio (quarta-feira), às 18h, a Fundação Nacional de Artes – Funarte lança o livro Panorama da ópera no Brasil, no Teatro Dulcina, Cinelândia, Centro do Rio. A obra apresenta um painel da difusão do gênero no Brasil, desde seus primórdios na era colonial até o século XX. Com linguagem acessível, voltada para o público não especializado, traz texto e pesquisa do jornalista Cláudio Figueiredo e organização, pesquisa e seleção de imagens da pesquisadora Nubia Melhem Santos. O prefácio é do historiador Paulo Knauss.
Reunindo cerca de 100 imagens – entre fotografias, pinturas e gravuras –, a publicação aborda desde as primeiras encenações públicas nas ruas das cidades até os anos 2000. Entre as imagens, há desde as de personalidades relacionadas à opera, monumentos históricos até as de projetos de cenários e cortinas (panos de boca), como o do Real Theatro de São João (atual Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro), pintado pelo artista francês Jean-Baptiste Debret.
O livro traz diversas curiosidades, não se atendo somente aos personagens do mundo do teatro e da música – como Antônio José da Silva (o Judeu), o padre José Maurício, a cantora negra Joaquina Lapinha e os compositores Carlos Gomes e Villa-Lobos. Também apresenta nomes como os do inconfidente Cláudio Manuel da Costa, do pintor Debret, do poeta Gonçalves Dias, além de Pedro II e Machado de Assis.
Intencionalmente, os autores escolheram abordar mais a interação desse gênero com outros aspectos da vida brasileira, como arquitetura, urbanismo, costumes, crítica, teatro, jornalismo e política, do que o aspecto musicológico. Desse modo, a obra atenta para aspectos menos conhecidos da história, como a presença marcante dos afrodescendentes brasileiros no mundo musical do Brasil Colônia; a atração de personagens como D. João VI, Pedro I e a princesa Leopoldina pelo universo da ópera; e as disputas apaixonadas entre torcidas em torno de cantoras líricas rivais nos teatros do Brasil do século XIX — um conflito em que divergências musicais se confundiam com rixas políticas.
Ao traçar esse panorama, mostrando como o Brasil absorveu e transformou uma forma de arte eminentemente europeia, o livro desvenda qual público assistia às óperas, quem as interpretava, como eram os teatros onde eram apresentadas e quais a função e o papel simbólico dessas casas de espetáculo nas cidades brasileiras. O leitor vai se deleitar ao descobrir o que significava ir ao teatro para assistir a uma ópera no Brasil do século XVIII e do século XIX e o que mudou nos hábitos e nas expectativas das plateias ao longo dos séculos.
Panorama da ópera no Brasil descortina, ainda, os corais de canto lírico em vilarejos da Amazônia no século XVIII; o ambiente da ópera e da música de Rossini como palco e pano de fundo da efervescência política às vésperas da Independência; a irreverência do humor brasileiro que parodia e subverte as operetas do compositor e violoncelista Jacques Offenbach (precursor do teatro musical moderno) no Rio de Janeiro do século XIX; a estridência das críticas publicadas por romancistas e dramaturgos como José de Alencar e Martins Pena; as primeiras tentativas de criação de uma ópera nacional e o sucesso de Carlos Gomes na Europa; e o luxo e a pompa dos teatros erguidos na Amazônia da belle époque.
Sobre os autores:
CLÁUDIO FIGUEIREDO é jornalista e tradutor. Trabalhou no Jornal do Brasil e na TV Globo. É autor de Entre sem bater: a vida de Aparício Torelly, o Barão de Itararé, finalista do Prêmio Jabuti 2012, categoria Biografia). Coautor dos livros O porto e a cidade: O Rio de Janeiro entre 1565 e 1910 (Prêmio Jabuti 2006 na categoria Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes) e Theatro Municipal do Rio de Janeiro: um século em cartaz (2011).
NUBIA MELHEM SANTOS é pesquisadora e editora com formação em Letras. Publicou, como organizadora e pesquisadora, Era uma vez o Morro do Castelo (2000); Burle Marx: jardins e ecologia (2002); O porto e a cidade: o Rio de Janeiro entre 1565 e 1910 (Prêmio Jabuti 2006 na categoria Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes); Theatro Municipal do Rio de Janeiro: um século em cartaz (2011); e Amazônia das palavras (2020). Fez o argumento do filme Marcia Haydée: uma vida pela dança (2019).
Acesse aqui para obter o ingresso gratuito ou retire diretamente na bilheteria do teatro (recomendamos obter o ingresso antecipadamente devido à grande procura).