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Você já ouviu falar em 'pinhole'?
Imagem: site do Jornal da UFG
Capturar imagens com uma câmera artesanal é um dos princípios do pinhole ou fotografia estenoscópica (stenopaic photography). O termo pinhole é derivado do inglês e significa “buraco de alfinete”. A técnica leva esse nome porque nela a captura da imagem se dá pela passagem da luz por um orifício bem pequeno e pela fixação da imagem diretamente num material sensível à luz (papel ou filme fotográfico) posto na parte oposta ao orifício.
Para obter as imagens são utilizados materiais como caixas de charuto, de leite, de biscoito, de chocolate ou de esparadrapo. A técnica é usada, geralmente, com finalidade didática – para explicar o princípio da câmera obscura. Além disso, é empregada também para a obtenção de efeitos especiais impossíveis de serem obtidos com as câmeras convencionais.
Diferenças entre câmera analógica comum e câmera 'pinhole'
Além de não ter, necessariamente, lentes, uma câmera pinhole também não tem obturador, que é o mecanismo que controla o tempo de exposição do material sensível à luz. Por isso, o orifício da câmera deverá ser destampado no momento exato de fotografar e o tempo de exposição deverá ser contado pelo fotógrafo para que o filme ou papel fotográfico receba a quantidade exata de luz.
Veja como construir uma câmera 'pinhole'
1. Escolha um recipiente que possa ser completamente fechado e pinte seu interior de preto;
2. Fure um dos lados com uma agulha e tape o orifício com fita preta;
3. Do outro lado, coloque o material sensível à luz. Pode ser filme ou papel fotográfico;
4. A câmera está pronta. Lembre-se de apenas destampar o orifício quando a câmera já estiver posicionada para fotografar.
Funarte e 'pinhole'
A fotógrafa, educadora e pesquisadora, Regina Alvarez, foi pioneira na divulgação da técnica conhecida como pinhole. Ela foi servidora da Fundação Nacional de Artes – Funarte, onde integrou a primeira equipe do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica – CCPF.
Em 2011, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, recebeu a exposição “Regina Alvarez: experiência fotossensível”. A mostra reuniu cerca de 100 imagens, incluindo trabalhos inéditos, produzidos nos anos 1970, na Inglaterra. Parte das imagens fotográficas passou por processo de conservação, feito com apoio da equipe do CCPF.