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Teatro Glauce Rocha Funarte apresenta ‘Memória - No Limiar do Juízo Final’
Memória - No Limiar do Juízo Final’ - foto: Bruno Guerchon
O teatro Glauce Rocha recebe no Auditório Murilo Miranda, o espetáculo ‘Memória – No Limiar do Juízo Final’, de 13 de setembro a 5 de outubro. Com texto e interpretação de Mitzi Amado, a comédia dramática tem a direção é assinada por Delson Antunes. O projeto contemplado pelo Programa Funarte Aberta tem ingressos entre R$60 e R$30.
Com um título, que em essência, um questionamento existencial e filosófico: ‘Se minha memória se apagar por completo neste instante, quem sou eu?’, o espetáculo solo mostra uma mulher que, presa ao passado, revisita suas histórias de vida. Ela examina as suas relações, erros e acertos. Sente culpa por erros do passado. Condena-se, absolve-se, arrepende-se, inquieta-se e esquece-se. Questiona o presente e teme o futuro: o envelhecimento, a doença e a morte. Na fronteira mais tênue entre a vida e a morte é que ela descobre a potência da sua existência – onde menos espera.
Artes integradas
A proposta da obra inclui a provocação de impacto no público, por meio de linguagens artísticas além do teatro: a fotografia e a poesia, principalmente, com projeções e fotografias físicas originais – do final do século XIX e início do século XX – e inserções de vozes de várias mulheres, declamando poesias fragmentadas, que se integram ao texto. Além disso, em dois momentos da personagem, de catarse, de liberação de sentimentos, as palavras são substituídas por movimentos, que traduzem o estado emocional dessa mulher. A base para esse processo criativo corporal é a dança contemporânea.
“A mulher humana, real e possível”
“A pesquisa trata da mulher humana, real e possível, apesar de todas as idealizações que marcam a figura feminina, através da história. É a mulher verdadeira: nem sacralizada, santa, inalcançável, puríssima, imaculada e nem objeto de consumo, ‘mulher fruta’, produto, coisificada, boneca inflável, plastificada”, comenta Mitzi Amado. “A peça é uma perspectiva sobre o ser feminino a partir dele mesmo e de uma maternidade fora das convenções. São as histórias e dramas existenciais de uma mulher. Todas elas. Todas nós – erradas, falhas, imperfeitas e reais [...]. As angústias da personagem, conscientes e inconscientes, verbalizadas ou não, são também minhas e podem ser a mola propulsora para a liberdade”, acrescenta a autora.
Idealizado e escrito por uma mulher brasileira, o impacto social e artístico do projeto é fundamentalmente para dar voz tanto à dramaturgia brasileira feminina em si, quanto a todas as mulheres que se sentem à margem dos comportamentos femininos convencionados e pré-estabelecidos. A obra naturaliza e reafirma a existência da mulher real e plural e, portanto, a diversidade de femininos e de feminilidades.
SERVIÇO:
“Memória – No Limiar do Juízo Final”
Data: 13 a 5 de outubro de 2024,
Horário: 19h30 (sextas-feiras e sábados)
Local: Teatro Glauce Rocha – Auditório Murilo Miranda, Rio de Janeiro (RJ)
Ingressos: R$60 (inteira); R$ 30 (meia-entrada) - Vendas no site sympla.com.br
Classificação indicativa: 14 anos
Gênero: comédia dramática
Ficha Técnica
Idealização, texto e interpretação: Mitzi Amado | Direção: Delson Antunes | Direção de Movimento: Paulo Trajano | Cenografia: José Dias | Iluminação: Aurélio de Simoni | Figurino: Elen Carvalho | Trilha sonora original e operação de som: Raphael Piquet | Assistente de Direção: Beatriz Parisi | Produção: Calixto Produções / Claudio Calixto | Produtora Associada: Mitzi Amado | Assessoria de Imprensa: Ney Motta | Comunicação digital: Sketchmidia | Design gráfico e Fotografia: Bruno Guerchon | Produção Executiva: Calixto Produções/ Claudio Calixto | Produtora Associada: Mitzi Amado | Operação de Luz: Diogo Borges