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Teatro e Música na reinauguração do Teatro Glauce Rocha, no Rio
Companhia Folclórica da UFRJ é uma das atrações da reabertura do Teatro Glauce Rocha (Crédito: Divulgação)
O Teatro Glauce Rocha retorna em grande estilo ao circuito cultural do Rio de Janeiro. Nos dias 20, 21 e 22 de dezembro, o espaço recebe apresentações gratuitas que combinam folclore, teatro de bonecos, música e teatro e fazem parte da Mostra Arte de Toda Gente Bossa Criativa Rio de Janeiro + Um Novo Olhar, iniciativa da Funarte junto à UFRJ.
Entre os destaques estão a performance da Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, que acontece do lado externo do Teatro, sempre às 12h30 (sem necessidade de ingresso), nos dias 20, 21 e 22 de dezembro; além de apresentações musicais com Soraya Ravenle (cantora) e Maria Clara Valle (violoncelista), no dia 20 de dezembro. Os irmãos Saulo e Giuseppe Laucas (um cantor, outro pianista) homenageiam a Era do Rádio em recital no dia 21 de dezembro. Por fim, no dia 22 de dezembro, tem sessão dupla de montagens teatrais com Eu vi tudo acontecer e Manual de sobrevivência do preto, iniciando às 18h.
A Mostra é parte do programa Arte de Toda Gente, parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte com a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com curadoria de sua Escola de Música. Os ingressos, gratuitos para as atrações no interior do Teatro Glauce Rocha, podem ser obtidos antecipadamente na plataforma www.sympla.com.br ou retirados diretamente na bilheteria do teatro.
Saiba mais sobre as atividades:
A Companhia Folclórica do Rio-UFRJ - No meio da rua, bem no Centro da Cidade, o encontro traz ao Teatro atividades e performances que são do povo para o povo. Brincadeira do Boi e outros bonecos, Mineiro Pau, Cirandas do Rio e os gêneros musicais nordestinos Coco e o Baião, além do Samba que abre a roda para o mundo girar nessa diversidade. Vem brasileirar com a gente as culturas populares brasileiras!
Espetáculo musical “O Verbo é ir!” - A cantora Soraya Ravenle conta que O verbo é ir! é uma obra criada a partir da carta escrita pelo jornalista Geneton Moraes Neto, em 1981, para sua namorada e futura esposa, Beth Passi, no momento da despedida dos dois jovens estudantes, em Paris, quando Beth decide voltar para o Brasil. “Muito além de uma carta de amor, as palavras de Geneton me atravessaram como flechas no coração”, diz a artista. Que continua: “Uma dessas flechas me provocou a compor: 'Tudo o que é grande e forte é nômade. É preciso emigrar diariamente. Não é uma questão de geografia, é uma questão de alegria.’ diz. Percebo a carta como uma profunda ode ao movimento e a transformação permanente que é viver. Maria e eu deixamos então o nosso encontro falar. Um encontro/ conversa de duas mulheres da música, das artes da cena, que traz à tona nossos rastros, silêncios, cumplicidade e memórias”, define. No palco, ela é acompanhada pela violoncelista Maria Clara Valle.
Recital “A Era do Rádio” - O recital realizado pelo tenor Saulo Laucas e o pianista Giuseppe Laucas contempla a música popular brasileira do século XX (1930-1960), período em que o rádio, como veículo de comunicação de massa, conquistou o público, permitindo acesso universal aos cidadãos de todas as regiões e classes sociais. Trata-se da democratização da cultura nacional em sua diversidade de canções, antes conduzidas pelas estradas, recordando os trovadores medievais, e, agora, na forma de composições escritas e cantadas, penetra nos lares mais humildes pelas ondas Hertz, de Norte a Sul do Brasil. Os cantores da chamada Era do Rádio expressavam, por meio de sua música, a dor do amor não correspondido e a alegria de sonhar com a mulher amada, até o amor pela pátria no retrato de um imenso país. O rádio tornou iguais os desiguais, nas vozes de Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Evaldo Gouveia, Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga entre outros.
Espetáculo teatral “Eu vi tudo acontecer” - Criado por Reinaldo Machado, com direção de Raphael Castro, a montagem apresenta a história de Lucas, um jovem artista preto morto em uma abordagem policial truculenta a poucos metros de sua casa. A montagem expõe como o racismo lança o corpo negro em um looping de violência. A classificação etária é de 14 anos.
Espetáculo teatral “Manual de sobrevivência do preto” - Escrito por Alberta Juliana e Mayara Liriano, a direção é de Alberta Juliana. Cinco corpos pretos dançantes convidam o público a refletir sobre a negritude e mergulhar numa vivência que provoca a criação de uma linha de pensamento afrocentrada, para além da perspectiva de escravização, buscando novas visões de futuro. A classificação etária é de 10 anos.
Confira a programação
20 de dezembro (terça-feira)
12h30 – 35 Anos da Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, com apresentação externa da Cia.;
19h – Performance musical “O Verbo é Ir!”, com a cantora Soraya Ravenle e a violoncelista Maria Clara Valle.
21 de dezembro (quarta-feira)
12h30 – 35 Anos da Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, com apresentação externa da Cia.;
19h – Recital “A Era do Rádio”, com o tenor Saulo Laucas e o pianista Giuseppe Laucas.
22 de dezembro (quinta-feira)
12h30 – 35 Anos da Companhia Folclórica do Rio-UFRJ, com apresentação externa da Cia.;
18h – Espetáculos “Eu vi tudo acontecer”, de Reinaldo Machado; e “Manual de sobrevivência do preto”, de Alberta Juliana e Mayara Liriano.
A Mostra ATG
A Mostra Arte de Toda Gente realiza edições presenciais e on-line – estas, com vídeos que podem ser acessados no site do projeto Bossa Criativa https://www.bossacriativa.art.br/ e no canal Arte de Toda Gente no YouTube https://www.youtube.com/c/ArteDeTodaGente. A iniciativa é voltada para a divulgação da produção cultural de cidades onde estão localizados pontos do patrimônio mundial, histórico, cultural e natural do Brasil. Para o Teatro Dulcina, a programação alterna atrações indicadas pelo Bossa Criativa com outras, vindas do Sistema Nacional de Orquestras Sociais – Sinos.
O Teatro Glauce Rocha
Com projeto de Paulo Alberto Viana Rodrigues, a sala foi inaugurada em 1960, como Teatro Nacional de Comédia, sendo rebatizado em homenagem à atriz Glauce Rocha (1930-1971) em 1978. Desde os anos 1990, está sob a administração da Funarte e foi interditado em 2018, a partir de laudo de engenharia que apontava questões de conservação. A reforma realizada no espaço incluiu a modernização das instalações elétricas e das traves de sustentação do teto do palco. Também foram feitos serviços de manutenção, tais como impermeabilização, manutenção de isolamento acústico e da cabine de controle, além da instalação de novos equipamentos de sonorização e iluminação.
A programação de reinauguração do Glauce Rocha começou em 16 de dezembro com o espetáculo “Bonecos de Pau”, do grupo gaúcho Divina Comédia, e prossegue com a “Mostra Arte de Toda Gente Bossa Criativa Rio de Janeiro + Um Novo Olhar”.
Serviço
Reinauguração do Teatro Glauce Rocha
“Mostra Arte de Toda Gente Bossa Criativa Rio de Janeiro + Um Novo Olhar”
Dias 20, 21 e 22 de dezembro de 2022 l Horário: confira programação
Entrada gratuita*
Retire seus ingressos: https://www.sympla.com.br/
Local: Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179, Centro - Rio de Janeiro (RJ)
*Ingressos disponíveis na plataforma Sympla ou na bilheteria
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Informações sobre esse e outros programas da Funarte www.funarte.gov.br