Notícias
Teatro, Funarte
Teatro de Arena Eugênio Kusnet recebe espetáculos de retrospectiva do Núcleo Teatro do Indivíduo
Rodolfo Lima em "Bicha Oca" e "Réquiem para um rapaz triste" (Divulgação)
A Sala Augusto Boal do Teatro de Arena Eugênio Kusnet, do Complexo Cultural Funarte SP, na capital paulista, recebe a partir desta sexta-feira, 15 de outubro, três espetáculos do Núcleo Teatro do Indivíduo. Serão exibidos: Bicha Oca, às sextas-feiras; Desamador, aos sábados; e Réquiem para um rapaz triste, aos domingos. A programação fica em cartaz até 31 de outubro. Os ingressos podem ser adquiridos a partir de contribuição voluntária.
A agenda faz parte de projeto de retrospectiva do núcleo, contemplado na chamada pública para ocupação dos espaços da Funarte SP. Com 19 anos de trajetória, o núcleo é encabeçado pelo ator Rodolfo Lima.
Os três trabalhos foram criados com base em textos literários. Os autores Marcelino Freire, em Bicha Oca, Fabricio Carpinejar, que inspirou Desamador, e Caio Fernando Abreu, em Réquiem, versam sobre sentimentos, solidão e a expectativa de um futuro a dois, analisando o indivíduo e o embate dele com a sociedade. Rodolfo Lima foi responsável pela dramaturgia, adaptação final e produção.
Sobre os espetáculos
Bicha Oca estreou em meados de 2009, no Casarão do Belvedere (SP). É uma adaptação de Rodolfo Lima, com aprovação do autor, Marcelino Freire. Lima interpreta Seu Alceu, um homossexual envelhecido que, ao rever seu passado, faz uma crítica ácida e contundente aos hábitos dos gays. A montagem tem proposta intimista, com uma estética crua. A peça conta com a participação especial de outro artista, que divide os 15 minutos finais da peça com Lima. A apresentação é indicada a maiores de 18 anos.
Desamador estreou em outubro de 2013, no Viga Espaço Cênico (SP). É uma adaptação do livro O amor esquece de começar, de Fabricio Carpinejar. No solo, Lima disserta sobre o desejo de amar, ser amado e suas reverberações, intercalando a poesia do autor com uma história real. A ideia é “borrar” o limite entre realidade e ficção, em uma conversa franca com o público. Classificação Livre.
Já Réquiem para um rapaz triste iniciou sua trajetória no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em 2002, ao ser apresentada durante o Projeto Harmonia na Diversidade, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Passou pelo FRINGE, Mostra paralela do Festival de teatro de Curitiba, em 2003, e estreou oficialmente em 2004, no extinto Espaço Oficina. Desde então, tem sido apresentado em temporadas, eventos, simpósios e mostras culturais. Lima dá vida a Alice, uma mulher "quarentona" e solitária, que, apoiada no vício pelo cigarro, convida o público a adentrar seu quarto para um diálogo sobre vida, futuro, amores e o papel do indivíduo na sociedade. É livremente inspirado nas personagens femininas do autor Caio Fernando Abreu, falecido em 1996. É indicado a maiores de 16 anos.
Sobre o Núcleo Teatro do Indivíduo e Rodolfo Lima
O Núcleo Teatro do Indivíduo produziu diversos outros trabalhos como Todas as horas do fim, Caio em três atos e o projeto Epifanias, além de ter produzido o evento Em busca de um teatro gay e duas edições da Mostra Cênica Caio F. Já circulou por várias cidades brasileiras e participou de festivais em diversos estados. Lima também ministra, desde 2015, a oficina de Vivência Teatral Em Busca de um Indivíduo Cênico.
Rodolfo Lima é ator, jornalista e produtor cultural, graduado em Comunicação Social pela Universidade São Judas Tadeu (USJT) e mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp). Pesquisa a representatividade de homossexuais na cena teatral paulista, em paralelo com suas produções teatrais. Participou como produtor em eventos culturais na capital paulista como Virada Cultural; Mês do Hip Hop; e Jornada do Patrimônio. Também colaborou com eventos como Semana Rainbow da UFJF (MG) e FESTARA – Festival de Teatro de Araçatuba. Atualmente, Rodolfo Lima responde, pelo terceiro ano consecutivo, pela produção e curadoria artística do Festival de Natal SP, evento realizado pela Prefeitura de São Paulo.
Sobre a Chamada Pública para Ocupação dos Espaços da Funarte SP 2021
A Funarte convida a classe artística para ocupação dos espaços do Complexo Cultural Funarte SP e do Teatro de Arena Eugênio Kusnet, na capital paulista. As propostas podem prever atividades de apresentação e gravação de espetáculos, shows, cursos, oficinas, exposições, entre outras, ligadas às áreas de circo, dança, teatro, música e artes visuais, com ou sem público. As inscrições ficam abertas até o dia 1º de dezembro.
Acesse aqui a chamada pública
Uma breve retrospectiva - Núcleo Teatro do Indivíduo
De 15 a 31 de outubro de 2021
Teatro de Arena Eugênio Kusnet - Funarte SP
Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – Vila Buarque - Telefone: (11) 3256-9463
Capacidade: 40 lugares
Valor do Ingresso: Contribuição Voluntária
(a bilheteria abre uma hora antes do espetáculo)
Ficha Técnica:
Direção Geral, Produção e Interpretação: Rodolfo Lima | Assistente de produção e bilheteria: Lucimara Amorim | Assistente de produção e operação de som e luz: Aurélio Prates Rodrigues | Design Luz: Paulo Pompeo Pepe | Design Gráfico: Betinho Neto | *A peça “Bicha Oca” contará com uma participação especial, a ser definida nos dias de apresentações.
Bicha Oca
Inspirado na literatura de Marcelino Freire
Dias 15, 22 e 29 de outubro
Às sextas feiras, às 20h30
Com Rodolfo Lima + participação especial
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 60 minutos
Desamador
Inspirado na literatura de Fabricio Carpinejar
Dias 16, 23 e 30 de outubro
Aos sábados, às 20h30
Com Rodolfo Lima
Classificação Livre
Duração: 60 minutos
Réquiem para um rapaz triste
Inspirado na literatura de Caio Fernando Abreu
Dias 17, 24 e 31 de outubro
Aos domingos, às 19h
Com Rodolfo Lima
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 60 minutos
O projeto foi contemplado na Chamada Pública para Ocupação dos Espaços da Funarte SP 2021