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Seminário Internacional de Políticas para as Artes tem início com carta para os artistas e chamado para confluência de ideias
Foto: Felipe Iruatã
A Fundação Nacional de Artes - Funarte e o Sesc São Paulo deram início, na manhã desta terça-feira (17), ao Seminário Internacional de Políticas para as Artes: Imaginando Margens. O evento teve sua abertura institucional com a presidenta da Fundação, Maria Marighella; o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares; e o Diretor do Sesc São Paulo, Luiz Galina.
A atriz e cantora brasileira Zezé Motta iniciou o evento, com uma Carta para as artes brasileiras de ontem, hoje e amanhã. O evento é realizado no Sesc 14Bis, em São Paulo (SP) e segue até dia 19. Toda a programação pode ser acompanhada ao vivo pelo YouTube da Funarte.
Em sua saudação, a presidenta da Funarte falou sobre o compromisso da instituição com a promoção dos espaços de debates e reflexão. "Este seminário é também parte de um segundo ciclo na atuação da Funarte rumo à implementação da Política Nacional das Artes. Uma conferência que marca a primeira inscrição pública desse processo para toda a sociedade brasileira, e nasce de uma decisão desta Funarte que foi a de ouvir aquelas e aqueles que dedicam suas vidas ao campo das artes. Em nenhuma das mesas estaremos nós, formuladores e servidores da gestão pública da cultura. Quem tem assento são as trabalhadoras e trabalhadores das artes na sua diversidade: artistas, educadores, gestores, técnicos, pesquisadores, curadores, comunicadores. Este é só um primeiro seminário, sei que teremos outros e outras temáticas virão à tona. Estamos atentas”, concluiu.
Representando a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro interino Márcio Tavares falou sobre as ações do governo para garantir políticas perenes para a cultura e para as artes. "Nós estamos garantindo a regulamentação do Sistema Nacional de Cultura, que é um pacto federativo. É o SUS da Cultura se transformando em materialidade e garantindo que a gente tenha corresponsabilização entre estados, municípios e a União, sob a gestão das políticas de cultura. Nunca houve tanto financiamento e fomento à cultura, como em 2023 e 2024. Então, superado os gargalos do financiamento, nós precisamos da estrutura política, das bases dessa política, para que a gente consolide e garanta que a arte não seja para poucos. O nosso desafio como agentes culturais, como Ministério, como Funarte, é imaginar de que forma a gente pode garantir essa política".
Já Luiz Galina, diretor regional do Sesc São Paulo, ressaltou a importância da colaboração entre as organizações para fortalecer as ações no setor cultural. "O que cabe a uma organização, seja ela pública, privada ou de terceiro setor, é definir atribuições, assumindo-as seriamente. É abrir-se para identificar e fortalecer suas intersecções. Num país completo como o nosso, de desafios sociais imensos, não é possível e nem desejável que cada ente ocupe sua posição e desempenhe seu papel de maneira estanque. Muito ao contrário, deve-se alimentar cada vez mais uma cultura de colaboração, em que a confluência de agentes gera resultados que seriam inalcançáveis pela ação isolada".
O seminário é a primeira ação do Programa Funarte de Pesquisa e Reflexão e reúne participantes de todas as regiões do Brasil e de outros seis países, como Bolívia, Canadá, Colômbia, Moçambique, Peru e Portugal. O encontro vai até 19 de setembro, como um espaço para reflexão e pensamento sobre temas atuais do campo das artes e suas políticas, com ênfase na construção da Política Nacional das Artes, a PNA.