Notícias
Residência artística ‘Cruzamentos’ apresenta as próximas ações e os resultados dos trabalhos
![Barulho das Pedras_Noticia - Foto - Domitille Martin.jpg](https://www.gov.br/funarte/pt-br/assuntos/noticias/todas-noticias/residencia-artistica-2018cruzamentos2019-apresenta-as-proximas-acoes-e-os-resultados-dos-trabalhos-dos-grupos/barulho-das-pedras_noticia-foto-domitille-martin.jpg/@@images/7078f788-f56d-4476-ad04-425e92961aaa.jpeg)
Projeto 'Barulho das Pedras' - (Foto: Domitille Martin)
O programa de residência artística Cruzamentos apresenta, na Villa Tijuca Aliança Francesa, no Rio de Janeiro, sua programação de agosto. O grupo traz a apresentação solo do dançarino Jamsy e o curta-metragem ‘Les Indes Galantes’, no dia 17; Já no dia 18 de agosto, acontece a reexibição do curta; precedido pela oficina Krump-Capoeira e, logo depois, o público participa de um bate-papo com Jamsy e a Cie Eclipse. A Villa é aberta ao diálogo de culturas, e busca incitar e apoiar as cocriações entre artistas francófonas e lusófonos, tanto no Brasil como na França. O projeto Cruzamentos foi contemplado no Edital Bolsa Funarte e Aliança Francesa de Residências Artísticas em Artes Cênicas Brasil / França – 2021.
Apoiado pela “La Fabrique des Résidences” do Instituto Francês, o primeiro programa de residência da Villa Tijuca intitulado Cruzamentos é dedicado às artes cênicas e é o fruto de um acordo entre a rede das Alianças Francesas do Brasil com o Chaillot – Teatro Nacional da Dança, de Paris, na França; e a MC2: Grenoble – Maison de la Culture, em Grenoble, também na França. O programa é realizado em parceria com a Fundação Nacional de Artes - Funarte, do Brasil, por meio de edital específico. Através das convocatórias concebidas e parcerias com instituições culturais dos dois países, este ecossistema de iniciativas e ideias é pensado para desenvolver e valorizar a implementação de residências de pesquisa, experimentações e de criação, estando sempre acessível a todos os públicos.
Composta por artistas residentes brasileiros e franceses, a equipe teve sua primeira experiência de pesquisa em Campinas, no interior de São Paulo. O próximo passo será a aplicação de parte dos conhecimentos e vivências artísticas no Rio de Janeiro e, em seguida, o grupo viaja para a França, para um mês de residência no Chaillot – Teatro Nacional da Dança e no MC2: Grenoble – Maison de la Culture, em Grenoble.
A companhia Eclipse Cultura e Arte, com o dançarino de hip hop, Jamsy, vão construir o espetáculo “AFROKOSMOS”. Segundo o grupo de trabalho, a proposta é se alimentar da realidade (kosmos) dos intérpretes-criadores, revelando a cultura do rap e a performance dos dançarinos urbanos da sociedade brasileira e francesa. O projeto busca proporcionar hibridações com a capoeira, o krump (estilo de dança livre e com uma pegada mais forte), o corpo e a música, resgatando a herança de negros das duas nacionalidades. Instrumentos característicos da capoeira, elementos da cultura hip hop, abordagem hi-tech com projeções e efeitos especiais de laser, também serão utilizados na concepção da montagem.
Duas residências já aconteceram em São Paulo e foram apresentadas no Rio de Janeiro, no início de agosto: “O Corpo Cênico” e o “O Futuro é Ancestral”. O mês de residência no espaço da Intrépida Trupe, na Fundição Progresso, contou com diversas atividades abertas ao público, como: oficina de suspensão, ensaios abertos, laboratório de partilha para profissionais e a mostra de processo, fechando o evento.
Os artistas brasileiros Felipe Vian e Fábio Motta, e a companhia francesa Sine Qua Non Art, estão criando um trabalho de cruzamento da dança, da performance e das artes visuais, e ainda realizam pesquisas sobre o potencial do corpo e da pele como palco móvel. Em “O Futuro é Ancestral”, o grupo explora, particularmente, a ancestralidade. A comunhão, a vida após a morte e a relação entre vivos e mortos. “É através da pele que encaramos o mundo e como ele nos conhece. Esta criação será uma oportunidade de transpor ritos ancestrais com novos suportes”, explica o pesquisador visual Fábio Motta.
Já no cruzamento do teatro, do circo e da dança, o projeto propõe o encontro do olhar do ator, diretor, dramaturgo e pesquisador da arte e cosmologia yanomami, Ricardo Cabral, da Cia. Teatro Caminho; com a pesquisa de duas artistas do coletivo francês “Maison Courbe”, em torno do mineral e das práticas circenses de suspensão, Nina Harper e Domitille Martin. Elas são responsáveis pela criação de estruturas aéreas compostas de pedras que se movem. “Se o céu está caindo, como dizem as palavras do Xamã Davi Kopenawa Yanomami, esse instante de suspensão nos oferece a oportunidade de tentar escapar do antropocentrismo que marca nossa relação ocidental com os demais seres vivos”, reforça a dupla.
Agenda das próximas atividades, no Rio de Janeiro:
Dia 17 de agosto
Mostra de residência: solo do dançarino de hip hop Jamsy
Projeção de curta-metragem: ‘Les Indes Galantes’, ópera ballet de Jean Philippe Rameau.
Dia 18 de agosto
Oficina: Krump-Capoeira, animada por Jamsy e Marina Vieira Farias, dançarina da Cie Eclipse.
Projeção de curta-metragem: ‘Les Indes Galantes’, ópera ballet de Jean Philippe Rameau, com adaptação hip hop e a participação de Jamsy.
Bate-papo (aberto ao público): com Jamsy e Cie Eclipse
Local: Villa Tijuca Aliança Francesa
Rua Andrade Neves, 315 - Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)