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ReConexão Africanidades chega à Funarte MG ressaltando a diversidade e a força da cultura negra
ReConexão Africanidades - foto: Bruna Cris
ReConexão Africanidades 2024 volta à cena, nos dias 16 e 17 de novembro em comemoração à Semana da Consciência Negra, na Funarte MG, com programação gratuita que exalta a cultura afro-brasileira. Serão ministradas duas oficinas: “Danças Urbanas” com integrantes da Crew UBDI - Conexão urbana e a multiartista e diretora do projeto Agosto das Deusas Guidá Missy e “Corpo Árvore/Corpo Território em Diálogos Ancestrais”, com a mestra em dança afro, capoeirista, bailarina e arte educadora Junia Bertolino. As inscrições para o projeto contemplado pelo Programa Funarte Aberta são gratuitas, e podem ser feitas pelo instagram @reconexão.africanidades. As vagas são limitadas.
A proposta do evento é trazer uma reflexão permanente sobre os comportamentos e as narrativas atuais que alimentam o racismo no Brasil. Para a produtora cultural Regina Moura, o ReConexão Africanidades é uma proposta disruptiva e uma reflexão permanente da sociedade e as suas diferentes nuances a respeito do racismo. “Queremos ir além da Semana da Consciência Negra, temos como objetivo levantar pautas e sustentá-las cotidianamente, reorientando comportamentos, rompendo narrativas sociais que alimentam o racismo e todos os seus desdobramentos. Precisamos RESPIRAR, e isso significa VIVER, quando somos livres para respirar, nossa arte ecoa”, ressalta.
O ReConexão Africanidades foi desenvolvido pela NoTom Produções Artísticas, dirigido pela produtora, socióloga e mestre em Ciências Sociais pela PUC/Minas, Regina Moura. Pesquisadora no campo das políticas públicas para cultura, iniciou sua carreira profissional na área em 2001. Na sua trajetória artistas e grupos reconhecidos na cena cultural, Mimulus Cia de Dança, Grupo de Dança Primeiro Ato da diretora Suely Machado, onde ficou por 11 anos, o músico Lula Ribeiro, Marcos Catarina, Cia Café com Dança, a artista plástica Ana Bouissou, o cineasta César Rafael, entre outros. O projeto é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet com o Ministério da Cultura e a NoTom Produções Artísticas e tem patrocínio da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional.
Sobre a programação:
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Oficina com a multiartista Guidá Missy e a Crew UBDI:
Nessa oficina, os participantes terão a oportunidade de conhecer e praticar técnicas, fundamentos e bases de alguns estilos como o Hip Hop Dance e Hip Hop Freestyle para desenvolvimento artístico e corporal dentro e fora das batalhas de danças.
Guidá:
Guidá, além de dirigir a Crew UBDI, vem ganhando espaço dentro e fora da cena artística de Minas Gerais; atuando em batalhas de danças, competições de grupo, videoclipes e festivais de arte e cultura, dentre outros.
Em 2021 criou seu próprio evento: o "Agosto das deusas" que já está em sua quarta edição e busca dar visibilidade e protagonismo às mulheres artistas e empreendedoras, principalmente mulheres pretas, indígenas e periféricas do estado de Minas Gerais.
Em 2022 recebeu a premiação do Edital Hip Hop Lugar de Mulher, na categoria Grupo.
Crew feminina de danças urbanas UBDI:
Criada em 2017 pela conexão de 5 amigas, a Crew UBDI - Conexão Urbana tem como objetivo conectar, fortalecer, empoderar e impulsionar as mulheres de diferentes regiões, estilos de danças e vivências. As integrantes da Crew, fomentadoras das culturas Hip Hop e Dancehall, são de diferentes cidades da região metropolitana de BH.
A Crew UBDI cria e desenvolve seus trabalhos para que cada vez mais, as mulheres possam protagonizar suas histórias dentro e fora do cenário artístico do Hip Hop.
Oficina “Corpo Árvore/Corpo Território em Diálogos Ancestrais”, com a artista, Júnia Bertolino:
Visando refletir e identificar Corporeidades negras na dança afro-brasileira, esta oficina trabalha diversos movimentos corporais, cantos e a história das manifestações de cultura popular, como afoxé, dança guerreira e samba. Através de jogos, visa trazer memórias, ancestralidade e saberes dos participantes, despertando uma dança de si. Sobretudo, busca a valorização da dança afrobrasileira nos seus diversos territórios. A pesquisa da artista e mestra Júnia Bertolino já tem mais de 30 anos na cena artística brasileira, tecendo diálogos e narrativas em danças.
Júnia Bertolino:
Ela é mestra em dança afro, capoeirista, bailarina e arte educadora, filha de Dalva Santana e Elson Bertolino, naturais de Minas Gerais. De família grande de nove irmãos, Júnia Bertolino também é mãe de Dandara e Jahi Amani. Uma mulher negra com uma formação diversificada, atua como professora, atriz, cantora, escritora, produtora cultural, terapeuta em constelação familiar e Reiki. Tem graduação em jornalismo (Puc-Minas) e antropologia (UFMG), com pós- graduação em Estudos Africanos, afrobrasileiros e Direitos humanos. Fundadora da Cia Baobá Minas, atua há mais de 20 anos em BH e idealizou o Prêmio Zumbi de Cultura - Cia Baoba Minas. Atua como professora na UFMG (Saberes Tradicionais) e realiza diversos workshops em quilombos e projetos sociais.
SERVIÇO:
ReConexão Africanidades
Data: 16/11, sábado, de 14h às 17h - Oficina com Guidá Missy e a Crew UBDI
17/11, domingo, de 09h às 12h - Oficina com Júnia Bertolino.
Local: Funarte MG - Rua Januária, 68, Centro. Belo Horizonte
Inscrições: gratuitas pelo Instagram @reconexão.africanidades; vagas limitadas