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Obra de Zanny Adairalba, de Roraima, é uma das contempladas com o Prêmio Funarte de Dramaturgia
Autora da obra 'Maria Felipa de Oliveira – A heroína negra da independência do Brasil' (Foto: reprodução Facebook)
Radicada em Roraima, a compositora e escritora amazonense Zanny Adairalba foi uma das contempladas com o Prêmio Funarte de Dramaturgia – 200 Anos de Artes no Brasil, categoria Teatro para a Infância e Juventude - Região Norte. A Fundação Nacional de Artes premia no concurso trinta textos teatrais inéditos, de autores nacionais, em duas categorias: Teatro Adulto e Teatro para a Infância e Juventude. A obra Maria Felipa de Oliveira – A heroína negra da independência do Brasil, de Zanny Adairalba, será publicada em formato e-book no site da Funarte, assim como os demais textos contemplados.
Segundo a autora, o trabalho de Maria Felipa, “guerreira brasileira e negra, que teve sua participação na luta pela independência quase que completamente apagada dos registros históricos do nosso país”, precisava ser ressaltado e homenageado. No texto Maria Felipa de Oliveira – A heroína negra da independência do Brasil, Zanny Adairalba aborda a história dessa mulher, que trabalhou ativamente em confrontos militares na Bahia, durante o período de consolidação da independência do País.
Maria Felipa de Oliveira, marisqueira e capoeirista da Ilha de Itaparica (BA), foi considerada um símbolo da resistência durante o período de independência do Brasil. Até hoje, não há registros se foi alforriada, liberta ou se já nasceu livre. Felipa liderou um grupo de mulheres denominado vedetas (vigias) da praia, entre os anos de 1822 e 1823. Suas armas eram peixeiras e plantas de cansação e, apenas com isso, conta-se que ela derrotou soldados portugueses destruindo inclusive suas embarcações.
Sobre a autora
Compositora, dramaturga e poeta, Zanny Adairalba nasceu em Manaus (AM). Viveu nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, antes de ser radicada em Roraima, em 1992. A artista faz parte do grupo Coletivo Caimbé — que promove palestras, saraus e oficinas literárias em feiras, escolas, teatros, centros culturais, praças públicas e comunidades indígenas, circulando por várias cidades do Brasil. “Sinto-me feliz por representar a Região Norte e o Estado de Roraima em um prêmio tão importante para a arte brasileira e igualmente feliz por ter sido contemplada com um texto que traz o nome de Maria Felipa”, ressaltou a escritora para o jornal Folha de Boa Vista.
O concurso
Válido para todo o território nacional, o Prêmio Funarte de Dramaturgia tem como objetivo fomentar a literatura de gênero teatral brasileiro. Na edição 2021 do processo seletivo, os textos concorrentes deviam abordar a temática 200 Anos de Artes no Brasil, no âmbito do Bicentenário da Independência do País (1822-2022). No edital, a Funarte concedeu premiações nas seguintes categorias: Teatro adulto — 1º colocado: R$ 35 mil; 2º colocado: R$ 25 mil; e 3º colocado: R$ 20 mil; e Teatro para a Infância e Juventude — 1º colocado: R$ 35 mil, 2º colocado: 25 mil, e 3º colocado: 20 mil.
A Funarte parabeniza os contemplados nesse concurso e em todos os outros, realizados por meio de editais públicos pela instituição.
Com informações do jornal Folha de Boa Vista (RR), e dos sites Política e Mulheres e Plenarinho