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O espetáculo começa agora: Escola Nacional de Circo da Funarte - Luiz Olimecha recebe 54 novos estudantes circenses!

Foto: CCOM Funarte
A Escola Nacional de Circo da Funarte - Luiz Olimecha (ENCLO) abre as cortinas para a nova turma do Curso Técnico em Artes Circenses (2025-2026)! Durante a Semana de Acolhimento, os 54 estudantes dão início à imersão no universo da escola. A nova turma, selecionada entre 314 inscrições recebidas, conta com estudantes de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Chile, Equador, México e Colômbia.
A ENCLO é uma escola pública e referência na América Latina! Neste ciclo, foram oferecidas bolsas culturais para cada estudante, totalizando um investimento de R$ 3,7 milhões – um aumento de 25% no valor das bolsas, garantindo melhores condições para a dedicação aos estudos circenses.
A presidenta da Funarte, Maria Marighella, participou da abertura da semana nesta segunda-feira. Ela celebrou a ENCLO como um símbolo da democracia e da excelência artística, destacando sua força como polo de formação e criação.
“Antes de mais nada, nós precisamos inscrever as artes como dimensão pública, como direito e valor de uma sociedade. Uma honra imensa dirigir essa instituição Funarte que dirige essa escola, que nasce em 1982, fundada pelo grande Luiz Olimecha, um momento de grande importância porque ela nasce no contexto da redemocratização. Por isso, essa escola é singular, é inédita. Não há outra experiência no mundo como essa. A escola nasce do desejo de constituir um espaço de excelência técnica e artística para o artista circense do Brasil. Um lugar de formação. E essa escola está mais viva que nunca, constituindo o seu papel de fazer do circense brasileiro um circense de excelência que hoje empresta corpo ao circo mundial. Quando chegamos na gestão, nós tínhamos o dever de reivindicar que essa também fosse uma escola de criação. E nós conseguimos, nesses dois anos, empreender muitos processos de criação e inventividade, da estética circense brasileira”, declarou a presidenta, relembrando ainda que a escola está concorrendo ao Prêmio Shell 2025, um reconhecimento à inventividade e à potência criativa.
O diretor de Artes Cênicas da Funarte, Rui Moreira, destacou que esta será a turma que verá a nova lona da ENCLO se erguer novamente – um gesto de reinvenção e comprometimento com a oferta de estruturas adequadas para a formação circense. A estrutura havia sido desmontada no último ciclo político sob a promessa de obras e revitalizações, comprometendo a oferta de espetáculos e condições técnicas para a formação dos alunos. “A lona que, na temporada passada, foi posta ao chão. Nessa temporada, ela vem com força, trazendo seus signos e dignificando ainda mais esse território sagrado”, afirmou o diretor de Artes Cênicas, Rui Moreira. “Eu quero ainda agradecer imensamente aos professores, orientadores, às pessoas que trabalham aqui na gestão, porque todas as situações que envolvem a escola passam por todas essas pessoas”.
Formação de qualidade como política pública
Também estiveram presentes professores e gestores da ENCLO, como Patrick Nogueira, chefe da Divisão Pedagógica, Jorge Luis de Almeida, chefe da Divisão Administrativa, Bruna Saboya, membro do Conselho de Gestão, e Luciana Belchior, coordenadora da escola. O curso é resultado da parceria entre a Funarte e o IFRJ (Instituto Federal do Rio de Janeiro), representado na abertura por João Guerreiro, coordenador pedagógico do IFRJ na ENCLO, e Victor Magalhães, Diretor de Ensino Médio e Técnico.
“Vocês estão aqui como artistas. E assim como a escola e todos nós da Educação e da Cultura, viemos de um momento de silenciamento, de um momento de não poder existir, de um momento de ter que resistir o tempo todo. Então é importante que saibam que vocês estão numa escola que produz arte e cultura todos os dias, que oferta uma bolsa cultural aos seus estudantes. Na prática, é uma bolsa para pagar os custos de vocês. Mas em termos de política pública, é investimento em produção de arte e formação profissional. Isso é muito importante para vocês. Isso é muito importante para o nosso país. Sem arte, sem cultura e sem educação, não há vida”, comentou Victor Magalhães, diretor do IFRJ.
Daniel Garcia, estudante da Colômbia que integra a nova turma da ENCLO diz já ter encontrado na escola o incentivo que estava procurando. “Eu venho de contextos em que o artista não tem muita ajuda. E aqui eu sinto esse apoio, essa ajuda. Os professores são bem capacitados, tem a bolsa cultural. Ter tudo isso é tipo um sonho. Eu não posso expressar mais o meu sentimento de felicidade, de gratidão”, afirmou Daniel.
Marina Canedo, do Rio de Janeiro, também compartilha do desejo de poder estudar e aprimorar suas habilidades. “Quando eu comecei a treinar tecido, em outro espaço, as professoras que eu tive eram formadas por essa escola. Eu conheci a escola através delas que falavam que aqui tinha uma formação incrível. E aí, desde então, eu cresci e passei esse tempo todo com isso na cabeça, com esse sonho. Estou esperando treinar muito e sair daqui uma excelente profissional”.
A abertura foi encerrada com apresentações de ex-alunos, que deram as boas-vindas com números que arrancaram risadas e aplausos. À nova turma, o picadeiro da ENCLO é de vocês. Sejam todas bem-vindas!