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Nos espaços artísticos da Funarte no Rio de Janeiro, março é o 'mês da mulher'
1. Espetáculo 'Bar da Esquina' divulgação - 2. ArtesVisuais -Projeto Ressignificando dores e vivências através da Colagem - divulgação 3. Teatro-Só vendo como dói ser mulher de Tolstói - Foto Alberto Maurício
A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe, neste ano, em seus espaços culturais de vários estados do Brasil, os projetos artísticos contemplados no Programa Funarte Aberta 2023. Em março, no Rio de Janeiro, destacam-se ações que destacam o protagonismo da mulher.
Foram programados espetáculos e cursos de áreas correlacionadas à instituição, tais como artes visuais, dança, música e teatro, destinados especialmente às mulheres.
A programação
A primeira atividade, associada às artes visuais, vai de 11 a 15 de março, no Centro Técnico de Artes (CTA) – Funarte. O projeto Ressignificando dores e vivências através da colagem traz aulas presenciais, que proporcionam o diálogo com mulheres sobre a arte da colagem manual e sua relação com o universo feminino como "prática libertadora". O trabalho foi idealizado pela artista Bia Gonçalves. No dia 14 de março, quinta-feira, realiza-se Oficina de Colagem Corpo-Poesia, ministrada pela multiartista convidada Bia Gonçalves. O investimento é de R$20. O CTA - Funarte fica no Centro da Cidade. As inscrições estão abertas aqui, neste link.
Na pauta de dança, o Teatro Cacilda Becker, no Catete, recebe, de 14 a 17 de março, o projeto Bar da Esquina, uma montagem de dança-teatro e oficinas. De acordo com a realizadora, a Companhia de Atores Bailarinos Adolpho Bloch, o trabalho cênico "traduz em carioquês" a peça Café Müller, da destacada coreógrafa, diretora e bailarina Pina Bausch; e também é inspirada em textos de Nelson Rodrigues e Carlos Heitor Cony. "A partir da pesquisa, o bailarinos dançam as noites cariocas com encantos, expectativas, traições e desconfortos que cintilam na memória passada, presente e futura vividas nos bares", completa o grupo realizador. Nos dia 14, ele apresenta as oficinas de imersão do projeto: Dança-teatro, com Rosane Campello e Luciana Carnout (14h) e Corpovoz, com Johnny Silva e Laura Rodriguez (17h). O espetáculo é apresentado no sábado e no domingo, às 19h, com ingressos a R$ 20 – meia-entrada a R$ 10). Endereço do Teatro Cacilda Becker: Rua do Catete 387, Catete.
Já na área de teatro: no Auditório Murilo Miranda do Teatro Glauce Rocha, no Centro, está em cartaz o espetáculo Só Vendo Como Dói ser Mulher de Tolstói. O monólogo revela a relação tóxica entre Leon Tolstói e sua esposa, Sofia, exposta em diários escritos durante quase 50 anos, mostrando os bastidores do convívio do casal, seus desentendimentos e atitudes machistas do escritor russo – um dos mais importantes da literatura ocidental. O figurino de época, de Giovanni Targa – indicado ao Prêmio Shell e vencedor do Prêmio Fita – remete ao rigoroso inverno russo. “Em cena, o drama e os questionamentos de uma mulher que viveu na Rússia do começo do século XX e sob o peso da doutrina da Igreja Ortodoxa”. Horários: sextas-feiras e sábados, às 19h30 – até dia 30 de março. Ingressos: R$ 40 (meia: R$ 20). Endereço do Teatro Glauce Rocha: abaixo.
De 22 à 31 de março, apresenta-se, no palco principal do Teatro Glauce Rocha, a montagem teatral Temperos de Frida. Na cena, o bar Viva la Vida está aberto a todo mundo que deseje chegar. A dona do local recebe seus amigos. No centro do enredo estão a pintora Frida Kahlo e sua madrinha, Catrina, a "Dona Morte". A obra mostra episódios da vida de Frida, entre eles os encontros entre as duas personagens. Elas estão no bar, na Festa dos Mortos. "É como se fizéssemos [...] uma provocação: por onde andam os nossos desejos e as nossas intensidades?", diz a QINTI – companhia peruana, residente no Brasil há 25 anos. Sua proposta é "promover encontros cênicos com temáticas latino-americanas". O espetáculo celebra "a construção de espaços de comunhão e de encontro com uma América Latina amorosa, potente e festiva, que insiste em todas e todos nós. Pois, como afirma Nêgo Bispo, pensador quilombola, 'quem não está preparado para a festa, também não está preparado para a guerra'", acrescenta o grupo. Horário: sextas e sábados às 19h e domingos às 18h. Ingressos: 40 (meia a R$ 20). Endereço: Av. Rio Branco, 179 - Centro.
A artista Maha Sati faz uma apresentação de música e poesia no Teatro Dulcina, no dia 27, quarta-feira, É uma atividade interativa, na qual a intérprete, além de cantar, vai declamar poemas, que conduzem uma história. A dramaturgia do show parte da personagem Consuelo, descendente dos povos ciganos – oriundos de várias partes do mundo. Também há referências à época do Brasil Colônia e à vinda da Família Real portuguesa. A proposta da peça poético-musical é uma "colaboração sócioeducativa para ampliar as abordagens relacionadas à multiplicidade de etnias do Brasil. O objetivo é valorizar um "amálgama" da cultura com as contribuições dos povos nômades, nesta terra originalmente indígena, com práticas artísticas que atravessaram o oceano e, mesmo de tão longe, aqui permanecem. Por exemplo, o pandeiro, de origem árabe e absolutamente importante sonorização para o samba brasileiro" – explica a produção. Horário: 19h Ingressos: R$ 30 (meia: R$ 15). Endereço do Teatro Dulcina: Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro.
Todos os eventos programados para os espaços artísticos da Funarte são noticiados no site da instituição – www.gov.br/funarte.
Mais informações
Coordenação de Espaços Culturais | Diretoria de Projetos
coec@funarte.gov.br
Para mais informações sobre o Programa Funarte Aberta, consulte a Seção Editais do Site da Funarte
Com informações adicionais de "dasartes.com.br"