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Aracy Balabanian, Funarte
Funarte lamenta o falecimento da atriz Aracy Balabanian
Aracy Balabanian (1940-2023). Foto: Site da TV Brasil (EBC)
A Fundação Nacional de Artes – Funarte, vinculada ao Ministério da Cultura, lamenta profundamente o falecimento da atriz e produtora Aracy Balabanian, ocorrido no Rio de Janeiro (RJ), na segunda-feira, dia 7 de agosto. Com 62 anos de carreira, e 83 de idade, um dos mais importantes nomes da televisão e do teatro brasileiros, ela foi diagnosticada com câncer de pulmão, desde o final de 2022. Complicações causadas pela doença teriam provocado o óbito – de acordo com um comunicado da Rede Globo. A atriz estava internada em uma clínica na Capital Fluminense.
Aracy Balabanian atuou nos mais diversos papéis em televisão, teatro e cinema, tanto no drama quanto na comédia. Mas foi nesse segundo estilo, e na TV, que seu nome ganhou mais projeção. Trabalhou em 29 peças de teatro, entre 1957 e 2006; em mais de 50 produções televisivas (teleteatro, novelas, séries, humorísticos e especiais), de 1964 a 2019; e em cinco filmes, nos anos 70 e 90, e em 2019*.
Seus pais vieram para o Brasil da Armênia, refugiados pelo genocídio provocado pelo antigo Império Turco-Otomano (1915 – 1923). A atriz nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1940. Graduou-se na Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (EAD-ECA-USP). Começou no teatro com a famosa companhia do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC).
Na televisão, sua primeira atuação foi em Marcados pelo Amor, da TV Record, em 1964. No ano seguinte, protagonizou a tragédia grega Antígona, de Sófocles, na antiga TV Tupi – que adaptava textos clássicos para a teledramaturgia. Em 1972 estreou na Rede Globo, onde alcançou grande fama. Marcou uma geração, com sua participação no infantil educativo Vila Sésamo, naquele ano. Entre seus principais trabalhos na emissora estão as telenovelas O Primeiro Amor, Corrida do Ouro, Bravo!, O Casarão, Locomotivas, Pecado Rasgado, Coração Alado, Ti Ti Ti e Rainha da Sucata (duas versões). Mas foi no popular humorístico semanal Sai de Baixo, entre 1996 e 2002, gravado com plateia, que Aracy Balabanian ganhou ainda mais notoriedade – contracenando com Luis Gustavo (1934-2021), Cláudia Jimenez (1958-2022), Márcia Cabrita (1964-2017), Luiz Carlos Tourinho (1964-2008), Miguel Falabella, Tom Cavalcante, Marisa Orth e Cláudia Rodrigues.
Aracy Balabanian era solteira e não tinha filhos.
Sobre a perda dessa grande artista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nota, escreveu: "O Brasil acordou hoje sem Aracy Balabanian, que fez parte dos palcos e da TV brasileira por mais de 50 anos. Da estreia nos palcos pelas mãos de Augusto Boal, passando por espetáculos do antigo Teatro Brasileiro de Comédia, ainda nos anos 60, Aracy estrelou programas como Vila Sésamo, na década de 70, e Sai de Baixo, nos anos 90, sempre exibindo seu talento. Não esquecemos de seu papel como a mãe superprotetora dona Armênia; de bordões mas também do seu talento dramático, de uma atriz capaz de fazer qualquer papel com entrega e emoção. Meus sentimentos à família, colegas de trabalho e dos seus milhões de fãs no Brasil que sentirão muita falta dessa grande dama das nossas artes dramáticas".
Notícias na imprensa informam que o velório da atriz ocorre no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 8, terça-feira (8), aberto ao público, das 10h às 13h; e que, em seguida, haverá uma cerimônia de cremação, fechada, apenas para amigos e parentes, em um cemitério, na mesma cidade.
*Fontes: Enciclopédia Itaú Cultural, G1, O Gobo, TV Globo e Wikipedia