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Funarte lamenta a morte da grande atriz Marina Miranda
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Atriz, cantora e comediante Marina Miranda e sua biografia (Foto: Clóvis Corrêa)
A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte da atriz, cantora e comediante Marina Miranda, nesta terça-feira, 21 de setembro. Marina foi a primeira humorista negra que alcançou destaque na televisão brasileira. No dia em que ela completou 90 anos, em 30 de setembro de 2020, a Funarte lançou o livro Marina Miranda - Além da 'Crioula Difícil', de Clóvis Corrêa. A artista estava internada desde domingo em um hospital na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), com tuberculose, infecção urinária e pulmonar.
Marina Miranda iniciou a carreira nos anos 1950, cantando ópera na Rádio Nacional. Mas consagrou-se como intérprete de marchinhas, o que alavancou sua carreira de comediante. Ao todo, foram 70 anos de trabalho artístico. “Grande Otelo de Saias” e “Josephine Baker brasileira” foram algumas das expressões utilizadas para definir a atriz, no período de seu maior sucesso. Ficou famosa ao lado do colega Tião Macalé (1926-1993) no quadro Crioulo e Crioula Difícil, do programa cômico Balança mas Não Cai, entre os anos 1960 e 1980. Em Faça Humor, Não Faça Guerra (1971-1973), brilhou em dupla, novamente, com o ator e humorista Tião Macalé.
Em 1977, fez a novela Dona Xepa, ao lado de Yara Cortes e Nívea Maria. Participou também de minisséries como Tenda dos Milagres, em 1985, e, nos anos 1990, atuou em O Dono do Mundo. A comediante também esteve na Escolinha do Professor Raimundo, como a Dona Charanga.
Em 2019, Marina Miranda recebeu a Medalha Chiquinha Gonzaga, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro a mulheres que se destacam na defesa de causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais. A atriz deixa três filhas: Gláucia, Sylvia e Priscila Miranda.
Marina Miranda - Além da 'Crioula Difícil', de Clóvis Corrêa
Lançado em setembro de 2020, pela Funarte, o livro Marina Miranda - Além da 'Crioula Difícil', do dramaturgo, roteirista, jornalista e produtor cultural Clóvis Corrêa, apresenta a trajetória da artista no teatro, no cinema, na rádio e na TV. Com prefácio de Ricardo Cravo Albin, a narrativa-reportagem traz entrevistas e documentos históricos.
Na obra, o autor traça um perfil de Marina e de sua caminhada profissional, tendo com como pano de fundo a história da televisão brasileira e de artistas, como o saudoso e hilariante Tião Macalé. Com 168 páginas, o livro pode ser adquirido por meio de encomenda on-line, na Livraria Mário de Andrade, da Funarte. Mais informações pelo e-mail: livraria@funarte.gov.br
Amigo e biógrafo, Clóvis Corrêa expressa sua gratidão por ter tido a oportunidade de viver momentos especiais ao lado da artista. “Como não lembrar sempre de Marina Miranda? Um ícone da TV brasileira. O trabalho da atriz e comediante fez parte da minha infância. Conheci o ser humano que transpirava bom humor no seu dia a dia. Agora, mais do que nunca, quero ao lado do meu parceiro Alexandre Morcillo seguir com o texto teatral que já existe, para contar a vida dela também no teatro”, ressalta Clóvis.
A Funarte se solidariza com a família, os amigos e os fãs da atriz Marina Miranda. Descanse em paz!