Notícias
Funarte fortalece a MITsp e abre espaço para a FarOFFa: continuidade, intercâmbio e políticas estruturantes
Presidenta da Funarte, Maria Marighella no MITsp - foto: Silvia Machado
Dois movimentos culturais da cena teatral brasileira tiveram início no dia 13 de março: a MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, que chega à sua 10ª edição como uma das plataformas mais relevantes das artes cênicas na América Latina; e a FarOFFa, ocupação artística paralela que fez do Complexo Funarte SP um espaço ainda mais vibrante, atravessado por experimentações e criações.
A abertura da MITsp aconteceu no Teatro do Sesi São Paulo e contou com a presença da presidenta da Funarte, Maria Marighella. Em seu discurso, ela enfatizou o papel dos festivais como espaços de continuidade e intercâmbio das artes, e reforçou a atuação da Funarte como agente estruturante da MITsp, em sua missão de atuar na promoção e expansão das artes cênicas.
“A MITsp é um espaço onde se materializa a conexão do Brasil com o mundo e do mundo com o Brasil. É um momento de tensionamento das artes, de apresentação de novas cenas, linguagens e trocas culturais. Não é apenas um festival, mas um território de intercâmbio entre criadores, curadores e públicos. Garantir que essa mostra continue acontecendo é reafirmar nosso compromisso com um Brasil que se reconhece e se fortalece através das artes”, declara Marighella. “Todo festival de artes é responsável por um circuito potente e importante de difusão. É um espaço que deve ser protegido e fortalecido”, conclui.
A Funarte é uma das realizadoras da MITsp e aposta em políticas que contribuam para a consolidação da cena teatral brasileira de maneira perene. “Nós temos insistido na manutenção daquilo que chamamos de ações continuadas, como os festivais, eventos calendarizados e investimentos em grupos e coletivos artísticos. Essas iniciativas são fundamentais para a permanência da atividade criativa e para a estruturação do campo das artes cênicas no Brasil”, reforçou Marighella.
A mostra conta também com a presença do Ministério da Cultura na sua realização, por meio da Lei Rouanet. “Mostras e festivais como a MITsp não acontecem apenas durante os dias de programação. Eles são frutos de anos de pesquisa, curadoria e trocas entre artistas, produtores e o público. Portanto, as políticas públicas precisam acompanhar esse ciclo, porque a gente sabe que isso estrutura toda a rede produtiva e criativa das artes brasileiras”, afirma. “A Funarte está aqui não apenas para apoiar, mas para fortalecer esse movimento, protegendo e celebrando a MITsp como um pilar essencial para as artes cênicas brasileiras”, afirma Lessa. A MITsp ainda conta com parceiros que se somam para garantir a sua continuidade, como Itaú Cultural, Sesc SP, Sesi SP, entre importantes iniciativas que compreendem os impactos da mostra na sociedade.
A MITsp 2025 abriu a programação com “Vagabundus”, da companhia moçambicana liderada por Idio Chichava, montagem vista pela comitiva brasileira na Bienal de Moçambique, através do Programa Funarte Conexões Internacionais. Esse encontro reflete como as políticas de intercâmbio e internacionalização fortalecem os diálogos entre cenas artísticas globais. “A MITsp é um exemplo de como o Brasil pode se inserir no circuito global das artes cênicas sem abrir mão de sua identidade e soberania cultural”, destacou Aline Vila Real, diretora de Fomento e Difusão Regional da Funarte.
Como uma plataforma de difusão, intercâmbio e fortalecimento das artes cênicas, a mostra tem como um de seus pilares centrais a MIT-BR, espaço criado para potencializar a visibilidade das produções brasileiras. “É um momento em que curadores e distribuidores do mundo vêm ao Brasil para conhecer essa produção, ativando um circuito internacional e nacional. Muitas das trocas que se dão das artes cênicas do Brasil com o mundo passam por essa permanência e compromisso da MIT-BR”, reforça Marighella.
FarOFFa e Funarte Aberta
Além da MITsp, o dia 13 de março marcou também o início da FarOFFa São Paulo, que faz parte do programa Funarte Aberta, iniciativa que democratiza o acesso aos espaços culturais e incentiva a ocupação artística. Com uma abordagem experimental, a ocupação transforma o Complexo Funarte SP em um espaço vivo, onde ensaios, performances e pesquisas artísticas são compartilhados em tempo real com o público.
O Complexo Funarte SP é um elo que conecta artistas, público e políticas culturais, garantindo que as artes cênicas sigam pulsando e reafirmando seu papel na sociedade.
A programação de abertura contou com “Audição Disco “Iroko” > Nossos Baluartes”, que trouxe a potência da musicalidade como linguagem de resistência, e “Voz Invisível – Slam Das Manas Em Libras”, com Cathy Moreira e Viic Oliveira, promovendo acessibilidade e inclusão dentro da cena artística contemporânea.
A Funarte, ao lado da MITsp e da FarOFFa, evidencia seu compromisso com a proteção das artes brasileiras, garantindo que espaços de difusão, experimentação e intercâmbio permaneçam ativos e acessíveis.
