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Funarte celebra o legado do ator Paulo César Pereio
Paulo César Pereio - foto: divulgação
A Fundação Nacional de Artes celebra o legado, a irreverência e lamenta o falecimento do ator Paulo César Pereio.
"Toda homenagem às existências libertárias que constroem e construíram a força insurgente do teatro e do cinema brasileiro. Pereio será lembrado como um desses artistas inquietos que marcou gerações e seu legado seguirá provocando e inspirando”, destacou a presidenta Maria Marighella.
Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 19 de outubro de 1940, atuou em mais de 60 filmes e estreou longas de importantes cineastas brasileiros como Glauber Rocha, Hector Babenco, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana e Ruy Guerra.
Em 1975, com o filme “As Aventuras Amorosas de um Padeiro”, recebeu o cobiçado Kikito de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado. Em 78, ganhou Melhor Ator Coadjuvante, no Festival de Gramado, por “Chuvas de Verão”. Em 1985, ganhou o Kikito como Melhor Ator, no filme: ” Noite”. Atuou em espetáculos marcantes como “Roda viva”, dirigiu a penúltima peça de Nelson Rodrigues (“O anti-Nelson Rodrigues”, de 1974) e compartilhou a presença libertária junto ao mestre José Celso Martinez Corrêa em “As bacantes”, de 1996. Em 2003, recebeu os prêmios Saruê e o troféu Candango, por sua atuação em “Harmada”.
Na televisão, o artista também se destacou em novelas como: "Partido Alto", "Roque Santeiro", "Mandala", "Salvador da Pátria", "A Viagem" e "Duas Caras”.
Do Cinema Novo à Pornochanchada, Pereio foi um símbolo de liberdade de expressão, insurgência, versatilidade e espontaneidade. Escreveu seu nome na história, como uma voz que falava contra o silêncio durante a ditadura civil-militar, liderando a Campanha da Legalidade em 1961.
Versátil, fomentou o Canal Brasil e se reinventou como locutor. Sua obra permanecerá viva, inspirando aqueles que acreditam no cinema e na arte como transformadores da sociedade.
A Funarte se solidariza com os fãs, amigos e familiares do ator.