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Funarte celebra o Dia do Artista Plástico
Funarte comemora o Dia do Artista Plástico (Crédito: Pixabay)
A Fundação Nacional de Artes – Funarte celebra, neste domingo (8), o Dia do Artista Plástico. A data foi instituída em 1950 para homenagear uma das manifestações artísticas mais antigas da humanidade: a pintura. Na ocasião, elegeu-se esta data por causa do nascimento do pintor brasileiro José Ferraz de Almeida Júnior, considerado um dos nomes mais importantes das artes plásticas no século XIX no país.
Além da pintura, os artistas plásticos são reconhecidos por criarem esculturas e instalações artísticas. Para transformar sentimentos e percepções de mundo em obras, os profissionais desse segmento precisam, além do domínio de técnicas, ter criatividade e inovação.
Apesar de muitos artistas serem autodidatas e, portanto, não terem se especializado na área, diversas faculdades públicas e privadas oferecem, no Brasil, curso de licenciatura e bacharelado em Artes Visuais, englobando, assim, as artes plásticas. Ademais de produzir obras, o mercado de trabalho para o setor inclui restauração e conservação, curadoria de exposições, crítica de arte, pesquisa, assessoria e consultoria, e ensino de artes em escolas e universidades.
Funarte e as artes plásticas
Criada em 1975, a Funarte atua no fomento, na promoção, na difusão e no incentivo das atividades artísticas, em todo o território nacional. Prova disso é o papel de organizadora que desempenhou na realização dos Salões Nacionais de Artes Plásticas iniciados em 1978.
A Fundação possui um setor responsável pelos segmentos de pintura, escultura, arquitetura, arte popular, fotografia, desenho, gravura, design visual e de moda, grafite e artes gráficas, digitais e plásticas em geral. Trata-se do Centro de Artes Visuais – CEAV. Ao longo dos anos, o Centro tem trabalhado no fomento à arte e cultura por meio de programas, projetos e ações, além de editais de apoio a esses segmentos das artes visuais, entre outros.
Sobre José Ferraz de Almeida Júnior
Nascido em Itu (SP), em 1850, José Ferraz de Almeida Júnior conseguiu explorar temas até então inéditos no cenário artístico nacional, como o regionalismo. Seu trabalho propõe uma estética voltada aos costumes e às cores, representando modos de vida brasileiros, sem o recurso da caricatura e com perspicácia tão inovadora quanto fidedigna.
Aos 19 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi aluno de Victor Meirelles, na Academia Imperial de Belas Artes (Aiba). Em 1875, voltou para Itu, abriu um ateliê e atuou como retratista e professor de desenho. No ano seguinte, foi para Paris, na França, e frequentou aulas de desenho.
Em 1882, voltou ao Brasil e expôs suas obras produzidas em Paris. Sem deixar de explorar outras vertentes, José Ferraz realizou, na última década de sua vida, o conjunto de telas de temática regionalista com o qual conquistou seu lugar na história da arte brasileira.
Em pinturas como Caipiras Negaceando (1888), Caipira Picando Fumo (1893), Amolação Interrompida (1894), Apertando o Lombilho (1895), O Violeiro (1899) revela-se a admiração por pintores não acadêmicos, mas de grande importância na França do século XIX, como o realista Gustave Courbet (1819-1877) ou Jean-Baptiste-Camille Corot (1796-1875). Faleceu cedo, aos 49 anos, em 13 de novembro de 1899.