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Funarte celebra a vida e o legado do dramaturgo Julio Zanotta
Foto: Gilberto Perin / Divulgação / CP Memória
A Fundação Nacional de Artes honra a trajetória do dramaturgo, contista e romancista Julio Zanotta.
Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Julio Zanotta iniciou sua carreira de escritor ainda na adolescência, quando ganhou prêmios com contos em 1969. Zanotta envolveu-se com o teatro na segunda metade da década de 1970, sendo um dos fundadores do grupo teatral Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, do qual fez parte até 1978.
Aos 20 anos, foi jornalista no Diário de Notícias, e envolveu-se com movimentos estudantis. O dramaturgo chegou a deixar o país em 1973, devido a problemas com a repressão da ditadura civil-militar.
A obra do dramaturgo é considerada exemplar no movimento de contestação no Brasil, por meio da linguagem teatral. Seus textos, voltados majoritariamente à sátira de estereótipos de gênero, exaltam a liberdade do corpo e a problematização de papéis sociais, com um discurso crítico e rebelde nas estratégias narrativas.
Zanotta também consolidou sua trajetória na literatura, sendo reconhecido como um dos livreiros mais respeitados da capital gaúcha. Foi presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro entre os anos de 1994 e 1997. Em 2023, inaugurou a Livraria Absurda, em Porto Alegre. Entre seus livros publicados, está "Louco, E Nas Coxilhas Não Vai Nada?", "Teatro Lixo", "O Apocalipse Segundo Santo Ernesto De La Higuera" e "A Ninfa Dragão".
A Funarte celebra a sua existência e toda a sua contribuição para as artes e a cultura brasileira e se solidariza com os admiradores, amigos e familiares de Julio Zanotta.