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Funarte celebra 13 de dezembro, Dia Nacional do Forró e aniversário de Luiz Gonzaga
![Montagem com imagens de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Anastácia, grandes nomes do forró](https://www.gov.br/funarte/pt-br/assuntos/noticias/todas-noticias/funarte-celebra-13-de-dezembro-dia-nacional-do-forro-e-aniversario-de-luiz-gonzaga/noticia_dia-do-forro-e-aniversario-de-gonzagao_13122021.png/@@images/322e9aa3-48dc-4245-964a-f579dd746937.png)
Montagem com imagens de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Anastácia, grandes nomes do forró
A Fundação Nacional de Artes - Funarte celebra o Dia Nacional do Forró e o aniversário do "Rei do Baião", Luiz Gonzaga (1912-1989). O Dia Nacional do Forró foi instituído justamente em homenagem a Gonzagão, em 2005. Na última semana, em 9 de dezembro de 2021, as matrizes tradicionais do forró foram declaradas como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que elegeu ainda o forró como um supergênero musical por reunir ritmos nordestinos, entre eles, o xote, xaxado, baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.
O forró se tornou o mais novo patrimônio cultural do país às vésperas do aniversário do instrumentista, compositor e cantor Luiz Gonzaga do Nascimento (Exu, Pernambuco 1912 - Recife, Pernambuco 1989), filho do lavrador e sanfoneiro Januário, um dos nomes que levaram o forró para todo o Brasil, popularizando esse supergênero musical.
"Rei do Baião"
Filho do lavrador e sanfoneiro Januário, aos 8 anos de idade, Luiz Gonzaga substituiu um sanfoneiro em uma festa tradicional e, desde então, recebeu muitos convites para apresentações. Aprendeu a afinação dos foles de oito baixos com o pai e passou a acompanhá-lo animando sambas em terreiros pelo sertão do Araripe.
Em 1930, fugiu de casa e alistou-se no Exército, na cidade de Fortaleza. Após o término do tempo legal do serviço militar, decidiu continuar servindo. Em 1939, deu baixa das Forças Armadas e desembarcou no Rio de Janeiro. Com sua sanfona branca, tocou valsa, tango, choro, foxtrote e outros ritmos da época. Apresentou-se em programas de rádio e conseguiu nota máxima no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso (1903 - 1964), na Rádio Tupi. Pouco tempo depois, trabalhou com Zé do Norte (1908-1979) no programa A Hora Sertaneja, na Rádio Transmissora.
Em 1941, já era publicada uma primeira reportagem sobre Gonzaga, na revista carioca Vitrine, com o título Luiz Gonzaga, o Virtuoso do Acordeom. Nos anos seguintes gravou cerca de 30 discos. Participou do programa Alma do Sertão, na Rádio Clube do Brasil, e, em 1944, foi contratado pela Rádio Nacional. Em 1947, lançou Asa Branca, em parceria com Humberto Teixeira (1915-1979). Em 1988, assinou contrato com a gravadora Copacabana, que no ano seguinte lançou os quatro últimos LPs da carreira de Gonzaga: Aquarela Nordestina; Luiz Gonzaga e Sua Sanfona – vol. 2; Forrobodó Cigano – Luiz Gonzaga (instrumental); e Vou Te Matar de Cheiro.
No dia 6 de junho de 1989, Luiz Gonzaga subiu pela última vez no palco, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções do Recife.
Dia Nacional do Forró
O Dia Nacional do Forró foi instituído a partir de projeto de lei sancionado em 2005, em homenagem ao nascimento de Luiz Gonzaga. Além de Gonzagão, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Carmélia Alves e Anastácia são outros nomes que ajudaram a espalhar os ritmos do forró pelo Brasil e que seguem inspirando novos projetos entre diferentes linguagens artísticas.
Com informações da Agência Brasil e da Enciclopédia Itaú Cultural