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Espetáculo Cosmofobia se apresenta no Teatro Cacilda Becker
'Cosmofobia': foto - Paula Kossatz
O Teatro Cacilda Becker, espaço cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte, no Catete, Rio de Janeiro (RJ), recebe, nos dias 16 e 17 de novembro, sábado e domingo, no horário das 15h, o espetáculo Cosmofobia. O trabalho tem direção e dramaturgia de Marcio Cunha, bailarino e coreógrafo que une técnicas de dança, artes plásticas e performance. O projeto contemplado no Programa Funarte Aberta tem ingressos a R$20 e R$10.
Na montagem, utiliza-se como matéria-prima o plástico. Ele serve como símbolo e metáfora do consumo desenfreado, da acumulação e do descarte. “Mas também é um elemento poético, um convite a enxergar a beleza e a complexidade desse material tão onipresente em nossas vidas, transformando-o de símbolo de poluição e excesso em meio de expressão artística e reflexão crítica”, conta o diretor. “A ideia central do espetáculo é evidenciar como a crença na superioridade humana levou à uma visão de mundo centrada no consumo e no desenvolvimento sem limites, em que a natureza e os recursos se tornaram meros objetos a serem usados e descartados”, completa.
Cosmofobia lança um desafio à plateia: pensar sobre as crises ambiental e existencial que vivemos, ao trazer questões urgentes: como lidar com o lixo que geramos, não apenas o lixo físico, mas também o ‘lixo interno’ de sentimentos, ansiedades e desconexões? Como encontrar um equilíbrio entre a escassez de recursos naturais e o excesso de consumo e desperdício? Como criar novas formas de viver que não se baseiam na exploração incessante e na destruição?.
Na peça existe a busca pela “recriação” do plástico em formas que desafiem sua imagem negativa, sugerindo a possibilidade de reinvenção e esperança, mesmo em um cenário de crises. Em uma experiência sensorial que se assemelha ao movimento das ondas e à respiração, Cosmofobia propõe um mergulho em um turbilhão de imagens e sensações, levando o público a se perguntar: ‘Como podemos adiar o fim do mundo? Como podemos redescobrir o ritmo natural da vida e da interdependência, e aprender a viver de forma mais harmoniosa e sustentável?’.
A obra é apresentada como uma poderosa reflexão artística, de cunho poético, sobre as relações das pessoas com o meio ambiente e entre elas mesmas. Através de uma abordagem crítica e sensível, a performance questiona a desconexão do ser humano com o cosmos, a maneira como ele coloniza e explora o mundo, e as consequências desse comportamento para a vida no planeta. Esse é um chamado à reinvenção e à busca por novas formas de coexistir, onde a poesia ainda encontra espaço, mesmo em um mundo aparentemente sufocado por plástico e indiferença.
SERVIÇO:
Espetáculo Cosmofobia
Data: 16 e 17 de novembro
Horário: 15h
Local: Teatro Cacilda Becker -
Ingressos: R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia-entrada) - Pelo Sympla ou na bilheteria
Duração: aproximadamente 1h
Classificação indicativa: 12 anos