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Conheça mais sobre o expressionismo e sua aplicação no Brasil
![Trigais, 1990 Carlos Bracher Óleo sobre tela, c.i.d. 116,00 cm x 89,00 cm](https://www.gov.br/funarte/pt-br/assuntos/noticias/todas-noticias/conheca-mais-sobre-o-expressionismo-e-sua-aplicacao-no-brasil/000438012013-redimen.jpg/@@images/4bc09b4d-2aa2-471e-9dfa-ea95cb4b6dac.jpeg)
Pintura: Carlos Bracher Fonte: Itaú Cultural
Surgido na Alemanha entre o fim do século XIX e o início do século XX, o Expressionismo foi um movimento artístico e cultural com forte influência na pintura. No entanto, pode ser encontrado em diferentes formas de expressão, como arquitetura, literatura, fotografia, dança e no cinema.
As obras expressavam os sentimentos humanos e tinham grande apelo à subjetividade, sendo considerado um movimento de vanguarda, uma reação ao Positivismo. Entre as características estão cores fortes e vibrantes, com olhares que revelavam uma deformação da realidade.
No Brasil, a produção dos anos 1915 e 1916 de Anita Malfatti (1889-1964), em trabalhos como “O Japonês”, “A Estudante Russa” e “A Boba” são reveladores de seu aprendizado expressionista. Ainda no contexto modernista, é possível lembrar a forte tendência expressionista de parte da obra de Lasar Segall (1891-1957) e o expressionismo de Oswaldo Goeldi (1895-1961). Mais para frente, destacam-se Flávio de Carvalho (1899-1973) e as pinturas de Iberê Camargo (1914-1994). Tarsila do Amaral é outro nome que pode se encaixar no movimento expressionista brasileiro.
Histórico
O termo expressionismo tem sentido histórico ao designar uma tendência da arte europeia moderna, enraizada em solo alemão, entre 1905 e 1914. A noção, empregada pela primeira vez em 1911 na revista Der Sturm [A Tempestade], marca oposição ao impressionismo francês. Com o impressionismo, há o registro da natureza por meio de sensações visuais imediatas. Já o expressionismo rejeita a verossimilhança e utiliza-se de formas distorcidas.
Fora da Alemanha, manifestações de cunho expressionista aparecem na Bélgica e Holanda nas obras de Constant Permeke, Gustave de Smet, Jan Toorop, H. Werckmann e outros. Na França, trabalhos de Henri Matisse, André Derain e Georges Rouault dialogam, de modos diferentes, com o expressionismo alemão. É possível lembrar ainda dos austríacos Egon Schiele e Oskar Kokoschka, que desenvolvem pesquisas de franca inclinação expressionista, incentivadas pelos estudos psicanalíticos de Freud, na Viena no fim do século. Após os anos 1950, o expressionismo abstrato aparece como principal herdeiro do movimento nos Estados Unidos.