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Companhia Etc. e Tal apresenta projeto de teatro adulto e infantil no Teatro Glauce Rocha
Companhia Etc. e Tal (divulgação)
Contemplado com o Prêmio Funarte Aberta 2024, o projeto Etc e Tal 30 anos reúne, no Teatro Glauce Rocha, a temporada popular de dois espetáculos cômicos. De 28 de setembro a 20 de outubro: Esperando Beltrano, para adultos e jovens; e Victor James – O menino que virou robô de videogame, para crianças. As montagens mesclam mímica e teatro. As sessões de estreia do projeto no Teatro Glauce Rocha, dia 28, sábado, contam com intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Fundada em 1993, a companhia carioca de teatro humorístico Etc. e Tal ganhou mais de 50 prêmios, no Brasil e concedidos em festivais internacionais. Acumula dez espetáculos em repertório ativo, para adultos e para infância e juventude. Por seu trabalho corporal com cenas de comicidade é considerado uma referência no país, com reconhecimento no exterior.
Esperando Beltrano
Direcionada para adultos e jovens a partir de 12 anos, a peça revisita, com “humor ácido”, o universo do teatro contemporâneo: os dois personagens representam atores e atrizes, que estão em escombros de um tablado de teatro. Surgem histórias sobre as relações dos artistas retratados com o tempo. Por exemplo, em uma das cenas mais importantes, eles parecem envelhecer no palco – adotando o visagismo – maquiagens e perucas – de Cleber de Oliveira.
A peça é pautada por questões sobre o próprio conceito de tempo, tais como: “O que acontece se atores envelhecem 200 anos?” e “Há quanto tempo o tempo existe?”. As perguntas sugerem como a Etc e Tal, depois de completar 30 anos, trata o tema do tempo. “Elas ‘seguram’ o espetáculo e são despertadas pela pantomima – linguagem milenar, que serve à pesquisa no teatro gestual, e é marca registrada do grupo. Caracterizados, os artistas resgatam a ancestralidade traçada em histórias paralelas de memórias e relatos de suas bisavós”, diz a sinopse. Surge a indagação: “Quem, ou o que é Beltrano?” – essa suposta figura, que é esperada.
Com doses de histrionismo (uso artístico do exagero) e perícia nos movimentos, a obra apresenta a comicidade em uma busca de diversas e inesperadas expressões cênicas, da “narração histriônica” dos movimentos ao que é chamado de “silêncio do gesto”. Os personagens atravessam o tempo rasgando a metalinguagem (narrativa sobre a própria linguagem que se utiliza) do teatro.
Por essa montagem, a Cia. ganhou o Prêmio PRIO do Humor Fábio Porchat 2023 na categoria “Especial – 30 Anos de Humor com Teatro Gestual”, e indicado a todas as categorias do concurso: Melhor Espetáculo; Melhor Performance e Melhor Texto – Alvaro Assad e Marcio Moura; e Melhor Direção (Assad).
Victor James – O menino que virou robô de videogame
A peça infantil, adaptada do livro-poema de Paulinho Tapajós, de mesmo título, aborda, de forma cada vez mais atual, o debate sobre os limites da tecnologia e a relação das crianças com o mundo virtual. Apresenta Victor, um garoto que passa seus dias em frente a uma tela de videogame, jogando, sem limites. Ele nega as refeições, o banho e o estudo, enquanto sonha com as sensações de ter os mesmos poderes dos personagens do jogo. Mal sabia o menino o que aconteceria. No dia do seu aniversário, ele se transforma em um dos bonecos/robôs, das telas e passa a viver experiências nada agradáveis dentro daquele outro mundo – no qual agora está preso. Sentindo na pele o que os seres virtuais sentem, ele começa finalmente a descobrir limites.
O aspecto cômico, típico da Etc e Tal, é focado na relação entre o personagem e o narrador. O espetáculo foi criado para parecer um “jogo teatral”: conta com mímica e desenhos projetados na cena; trilha sonora original, composta em harmonia com a movimentação dos atores; figurinos ilustrados; e objetos de cena e iluminação planejadas. O efeito de ilusão da mímica chega ao imaginário do público por meio de diferentes personagens e de formas geométricas, construídas no espaço.
Sobre a Etc. e Tal
Fundada em 1993, a companhia carioca de repertório Etc e Tal desenvolve pesquisa artística com base na integração de três fatores: humor, teatro e mímica. Em seu conjunto permanente de dez peças estão incluídas: para todas as idades, Onipotência do Sonho, No buraco, e O Maior Menor Espetáculo da Terra; para adultos e jovens a partir de 12 anos, Fulano e Sicrano; os infantojuvenis Draguinho – Diferente de todos parecido com ninguém e Branca de Neve?; e os infantis O Macaco e a Boneca de Piche e João, o alfaiate – Um herói inusitado. O grupo tem participado de vários festivais, mostras e encontros de “teatro-mímica”, “novo circo” e comicidade, representando o Brasil em países como: Alemanha, Dinamarca, França, Portugal, Argentina e Paraguai. Tem, ainda, integrado eventos nacionais. Anualmente, faz turnês por várias cidades do país. Suas obras “apresentam a comicidade na busca das diversas e inusitadas linguagens da companhia: do teatro do absurdo às histórias narradas; da comicidade sem palavras ao inusitado do bufão; do lirismo à reflexão”. Os artistas destacam que as origens artísticas de cada um deles explicam esse conjunto.
SERVIÇO:
“Projeto Etc e Tal. 30 Anos”
Data: 28 de setembro a 20 de outubro
Horário: sexte às 19h; sábado às 16 e 19h; domingo às 16 e 18h
Local: Teatro Glauce Rocha - Av. Rio Branco, 179, Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Sessões de estreia com intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) – dia 28 de setembro, sábado
“Esperando Beltrano”
Ingressos: R$ 40 | Meia-entrada e Clube50: R$ 20 | Venda no site Sympla.com.br (com taxa de conveniência) neste link, e na bilheteria
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 12 anos
“Victor James – O menino que virou robô de videogame”
Ingressos: R$ 30 | Meia-entrada: R$ 15 | Venda no site sympla.com.br (com taxa de conveniência), neste link, e na bilheteria
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: Livre