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Piauí, teatro, Funarte, Rio de Janeiro
Companhia do Piauí apresenta espetáculo teatral premiado, no Teatro Dulcina
Foto: Margarth Leite
A peça mostra um professor de literatura, escritor e ator, que decide “passar a limpo” a sua história de vida, com uma reflexão sobre essas três vertentes do seu trabalho. Ele enfrenta todas as questões que lhe ocorrem nesse “percurso socioafetivo”, encarando os confrontos que surgem para ele nas funções de lecionar, escrever e atuar, e, ainda, na sua relação com a família e consigo mesmo.
O espetáculo recebeu premiações em várias categorias. Entre eles está o Troféu Em Cena 2023, conferido a Nathan Sousa, também segundo lugar no Prêmio Maria Clara Machado da União Brasileira de Escritores (UBE) – 2019. Vários desses prêmios foram para melhor direção e melhor iluminação, conquistados por Wellington Júnior; melhor ator, por Vitorino Rodrigues; melhor cenário, por Reinaldo Patricio (que ainda assina o figurino); e de melhor Sonoplastia/Trilha Original, por Edivan Alves. O trabalho recebeu, ainda, quatro indicações para outros prêmios.
Estão previstas apresentações com acessibilidade em Libras, nos dias 20 e 21 de maio, e debates sobre a dramaturgia contemporânea do Nordeste, nos dias 27 e 28.
“O protagonista da cena, em seu quarto, trava um embate entre o acúmulo de cultura e a solidão do homem incompreendido. Às vezes irônico, outras poético, dramático, ali, naquela noite, sozinho naquele quarto, diante daquela mesa embalsamada, daqueles livros, daquelas fotografias, repleto de lembranças, memórias, arquivos de uma vida, nosso poeta da cena, esse homem ator -professor- escritor tateia os escombros de sua alma, diante do espelho”, comentam os realizadores.
O que eu te escrevo é puro corpo inteiro pode ser interpretado como ”um longo poema sobre as sortes e as misérias do artista e do educador. ‘Longo’ pelo seu arsenal de jogos de palavras infinitas, ‘poema’”, pela combinação entre liberdade e aprimoramento do uso do idioma, “espalhada no papel segundo uma métrica e um ritmo”, acrescentam.
Além de fronteiras regionais
A montagem estreou no final de 2020, em formato on-line. Isso permitiu que ela alcançasse vários estados brasileiros. A experiência levou o grupo a avaliar que poderia alcançar uma diversidade de plateias maior, além da sua região. Em agosto de 2021, houve a estreia no presencial. “Criamos um espaço, um pequeno teatro em casa, o que nos possibilitou trabalhar uma dimensão ‘site specific’, de tal forma que o espetáculo englobava todos os cômodos”, relata a companhia. O local recebeu o público por dois meses.
Ao final da temporada, com os teatros e outros equipamentos já liberados pela vigilância sanitária e na medida em que as vacinações avançavam, o Truá passou a apresentar o trabalho em espaços alternativos: a casa de uma professora; um clube social, em um bairro de periferia de Teresina (PI); em um galpão na cidade – o Espaço Cultural Trilhos; e em três teatros da capital. Foi quando participou do 10º Festival Nacional de Teatro do Piauí, na categoria Monólogos. Durante esses dois anos, a companhia realizou mais de trinta apresentações, inclusive em festivais e mostras, em Teresina e no interior do estado.
Espetáculo teatral
O que te escrevo é de puro corpo inteiro
Truá Cia. de Espetáculos
De 5 a 28 de maio, sextas e sábados, às 19h e domingos, às 18h
Projeto selecionado pela Funarte na Chamada Pública para Permissão de Uso do Teatro Dulcina
Apresentações com acessibilidade para pessoas com deficiências auditivas, em Língua Brasileira de Sinais (Libras) – Dias 20 e 21 de maio, sábado e domingo
Debates sobre a dramaturgia contemporânea do Nordeste: Dias 27 e 28 de maio, das 20h às 20h30
Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Cinelândia – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Espaço da Fundação Nacional de Artes – Funarte
Ingresso: 40. Meia-entrada: R$ 20. Lista amiga: R$ 15
Vendas na bilheteria do teatro e no site Sympla.
Classificação Etária: 14 anos
Ficha técnica
Realização: Truá Cia. de Espetáculos | Produção: VR Produções
Texto: Nathan Sousa | Direção: Wellington Júnior | Atuação: Vitorino Rodrigues.
Cenário e figurino: Reinaldo Patricio | Sonoplastia: Edivan Alves | Operação de som: Márcio Felipe Gomes. Iluminação / Operação de luz: Wellington Júnior
Contrarregras: Lucas Abá e Reinaldo Patrício
Mais informações: coteatro@funarte.gov.br