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ARTES VISUAIS
Com inscrições abertas para edital que contempla a categoria de escultura, Funarte relembra o trabalho de Bruno Giorgi
Monumento à Juventude Brasileira, 1947 Bruno Giorgi
A Fundação Nacional de Artes está com inscrições abertas até o dia 9 de setembro para o Prêmio Funarte Olimpíadas das Artes Visuais. O edital vai contemplar cem projetos com R$ 2,5 mil cada, nas categorias de Arquitetura; Desenho; Design Visual, de Moda e de Produto; Arte Digital; Escultura; Fotografia; Gravura; e Pintura.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações, cujo foco é o incentivo à produção artística e, ainda, à difusão de processos criativos em artes visuais no meio acadêmico. O objetivo do certame é valorizar a diversidade cultural brasileira e o intercâmbio entre as linguagens convencionais, contemporâneas e aplicadas.
Podem participar estudantes de todo o país, matriculados em instituições de ensino superior ou técnico de Artes Visuais, bem como em cursos relacionados às categorias do edital. Todas as informações sobre o Prêmio estão disponíveis na página eletrônica da Funarte.
Dia do Escultor Gaúcho
Você sabia que 7 de agosto é comemorado o Dia do Escultor no Rio Grande do Sul? A data foi escolhida por ser o nascimento de um dos artistas plásticos que mais representam a escultura gaúcha, Francisco Alexandre Stockinger, conhecido como Xico Stockinger. É uma homenagem a todos os profissionais desse segmento que difundem a cultura do estado.
Nascido na Áustria, Stockinger se mudou ainda criança para o Brasil. Em 1954 adotou a cidade de Porto Alegre como casa e nela permaneceu até seu falecimento, em 12 de abril de 2009, aos 89 anos. Além de escultor, foi gravador, fotógrafo, chargista, artista gráfico, professor, gestor cultural e colecionador de cactos.
Todos os anos a Associação dos Escultores do Estado do Rio Grande do Sul (AEERGS) realiza ações comemorativas de visibilidade da produção artística do segmento.
Bruno Giorgi
Agosto também marca o aniversário de outro importante escultor, Bruno Giorgi, nascido no dia 13, em São Paulo, em 1905. Na infância, mudou-se para a Itália com a família e fixou-se em Roma. Retornou ao Brasil em 1935.
Herdeiro das lições de Aristide Maillol (1861 - 1944), identificou-se com nossos modernistas, cujas ideias inovadoras o fizeram tentar imprimir os traços da cultura cabocla, indígena e mulata à linguagem escultórica. Com os ensinamentos de Maillol, Bruno trocou o peculiar sabor clássico do modernismo da época por novas tendências, o que o levou a produzir uma obra considerada eclética.
A partir dos anos 1940, revelou em seus trabalhos um crescente interesse pela temática e pelos tipos brasileiros. Sua obra gradualmente passou de uma leve estilização da figura humana a uma maior deformação. Depois, teve trabalhos com foco nas curvas femininas e no abstrato.
No Palácio Gustavo Capanema, localizado na região Central do Rio de Janeiro, pode ser vista um pouco da obra de Bruno Giorgi. A escultura “Monumento à Juventude Brasileira” encontra-se no local e foi solicitada, na década de 40, pelo sindicato de professores para demonstrar o agradecimento dos alunos do Brasil ao então presidente Getúlio Vargas. O prédio do Capanema era, na época, sede do Ministério da Educação e Saúde (MES). Atualmente é sede da Fundação Nacional de Artes – Funarte e encontra-se em reforma.
O artista possui esculturas também em outros locais públicos, como é o caso de “Candangos” (1960), na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF); “Meteoro” (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, também na capital da República; e “Integração” (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo.