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‘Vida útil’ entra em cartaz no Teatro Glauce Rocha, da Funarte
Espetáculo 'Vida Útil' - foto André Garzuze
A Fundação Nacional de Artes (Funarte), recebe no Teatro Glauce Rocha – um dos seus espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ), a montagem Vida Útil, no período de 8 a 30 de maio, às quartas e quintas-feiras, às 19h. A comédia tem como proposta descortinar os embates que acontecem nos ambientes de trabalho, com “humor ácido”, também fazendo o público pensar. A casa de espetáculos fica no Centro da Cidade, em frente ao Metrô Carioca. O projeto foi contemplado no Programa Funarte Aberta.
A peça apresenta as interações entre colegas de trabalho, em um ambiente tóxico e caótico. Mostra um escritório, em uma sexta-feira à noite meia hora antes do final do expediente. As pessoas que lá trabalham parecem estar quase tendo ataques de nervos. Mas o trabalho pode não terminar no horário. “Se for assim, o que vai acontecer?” – é uma pergunta que a plateia se faz. “Sextou? Ainda não! Funcionários(as) estão ansiosos pelo término da jornada semanal, quando surge uma tarefa esquecida que os obriga a ficar além do horário. Isso acentua as tensões entre os quatro personagens expondo-os a situações de desvalorização, assédio e abuso de poder. Em meio aos questionamentos sobre as relações no trabalho e os sonhos adiados de felicidade, os ‘colaboradores’ descobrem que foram esquecidos e que estão trancados no edifício. É quando se dão conta de que tudo pode acontecer.
Repensar o trabalho
Considerado sucesso de público, o espetáculo já foi visto por mais de mil pessoas em sua temporada de estreia, no Centro Cultural Justiça Federal. O texto, inédito, é do cearense Rafael Martins. A direção é de Marcelo Morato. O carioca comenta: “A noção de ‘vida útil’ das pessoas é submetida a uma lógica de produtividade que ignora as vontades, os sonhos e a libido de homens e mulheres civilizados. Dirigir esse espetáculo me levou a reviver momentos angustiantes passados dentro de ambientes corporativos e a pensar em diversos amigos e familiares que ainda vivem essa realidade opressiva diariamente. Desde a pandemia, o mundo tem repensado suas formas de trabalho. Precisamos remodelar nossas rotinas no trabalho, para que a vida seja mais prazerosa, sem deixar de ser produtiva”.
“Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente, devido à falta de saúde mental do trabalhador, acarretando uma perda de aproximadamente um trilhão de dólares para a economia global. Transtornos ligados à depressão e ansiedade estão entre as maiores causas entre os pedidos de afastamento de profissionais”, acrescenta o encenador.
Da vida ao palco
O idealizador do projeto é o ator Luciano Pontes. O paraense, radicado no Ceará por décadas, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar artes cênicas, ao se ver infeliz, aos 34 anos, após longa trajetória em outra profissão. Trocou de cidade e de carreira, de uma só vez. Ao conhecer o texto do cearense Rafael Martins, a identificação foi imediata. “A montagem serve como lente de aumento de situações tóxicas, vividas no dia a dia pelo espectador nas relações de trabalho, além de refletir sobre a qualidade da saúde mental no ambiente profissional e os problemas nesse sentido, que geram muitos afastamentos do trabalho, em números que só crescem. Com urgência, temos que debater mais esses temas” destaca o artista. “A escolha pelo texto surgiu da vontade de trazer um autor ligado à minha origem para um palco do eixo Rio-São Paulo, associada à minha experiência pessoal de transição de carreira. Durante 12 anos, exerci uma profissão que não me trazia felicidade nem motivação para acordar todos os dias. Assim, decidi iniciar uma nova carreira, desta vez como ator”, conclui.
Serviço:
Espetáculo teatral
“Vida útil”
De 8 a 30 de maio de 2024, às quartas e quintas-feiras, às 19h
Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179 - Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Espaço cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte
Ingressos: R$ 50 | Meia-entrada: R$ 25 | Vendas pelo site Sympla, neste link e na bilheteria do teatro.
Gênero: comédia
Classificação etária: 14 anos
Lotação: 201 lugares
Duração: 70 minutos
Ficha técnica
Texto: Rafael Martins | Direção: Marcelo Morato
Elenco: Jade Freneszi, Julia Couto, Lucas Garbois e Luciano Pontes | Figurino: Wanderley Gomes | Iluminação: Bruno Aragão e Bruno Henrique Caverninha | Operação de Luz: João Gaspary | Operação de som e trilha sonora: Diogo Perdigão | Assistência de direção: Luca Matteo | Assistência de produção: Matheus Quintão | Fotografia: André Garzuze | Filmagem: Tamo em Copa Filmes | Programação Visual: Leonardo Pereira e Anaclara Salvador | Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Realização: Terceiro Sinal Produções
Projeto contemplado no Programa Funarte Aberta
Mais informações para o público
Sobre o espetáculo:
Instagram – @vidautil.teatro
e-mail – lucianopontesator@gmail.com
Sobre o Programa Funarte Aberta: neste link
Sobre os espaços culturais da fundação no Estado do Rio de Janeiro:
Coordenação de Espaços Culturais | Diretoria de Projetos | Funarte: coec@funarte.gov.br
Mais informações para a imprensa: fatocoletivo@gmail.com – Carlos Pinho