Teatro Cacilda Becker
Teatro Cacilda Becker
Sobre o Espaço
- Linguagens artísticas atendidas: dança, circo e teatro
- Formas de ocupação: chamamento e edital públicos
- Fluxo de ocupação: continuo
- Endereço: R. do Catete, 338 - Catete, Rio de Janeiro (RJ)
CEP: 22220-001 - E-mail: coec@funarte.gov.br
NOVIDADES DA PROGRAMAÇÃO
Espetáculo mostra entidades "encantadas" do Brasil, no Teatro Cacilda Becker
Espaço cultural da Funarte, no Rio de Janeiro, apresenta a montagem "Boca do Mundo", de 23 de maio a 2 de junho, com ingressos a preços populares
A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe o espetáculo de dança Boca do Mundo, no Teatro Cacilda Becker – espaço cultural da instituição no Rio de Janeiro (RJ) – no período de 23 de maio a 2 de junho. A peça entrelaça expressões de dança e personagens populares do Brasil. “É uma encruzilhada cênica, na qual os artistas, através de músicas e danças, encarnam encantados dos encruzos do Brasil”, comenta o coreógrafo e artista plástico Márcio Cunha, autor, intérprete e responsável pelas muitas instalações cênicas do trabalho. “Encruzos”, em religiões de matriz africana e indígena, são locais de contato entre os mundos visível e invisível. Os ingressos são vendidos a R$ 20 (inteira).
“É na encruzilhada, no meio da capoeiragem, que a comunicação com o público se dá!”, diz o artista – que é filho de mestres capoeiristas. O projeto, contemplado no Programa Funarte Aberta, nasceu do desejo de aprofundamento e expansão do estudo que o coreógrafo desenvolve sobre o sincretismo das rodas de capoeira, ritos de chegada e de passagem*, orixás, músicas e itens africanos, além de fantasias e máscaras carnavalescas. Boca do mundo transborda fome de Brasil!”, acrescenta o autor.
Apresentando, na cena, um universo com força visual e plástica, ritualístico e poético, a coreografia dialoga com o lado divertido e imaginoso das figuras populares, fantasias e máscaras de Carnaval. “Boca do Mundo é para e com EXU, encantado da cultura africana. Ele é ‘o encontro e o cruzamento dos nossos saberes e ignorâncias’, como nos traz o historiador Luiz Antônio Simas”, observa Márcio Cunha. “Exu é o Mensageiro. Sem ele os humanos não se comunicam com os Orixás. Em Boca do Mundo ele é a comunicação do ‘Território Brasil’ com seu povo, evocando a ancestralidade, a identidade e a pluralidade, através do corpo encantado e brincante dos intérpretes” complementa.
O trabalho representa uma continuação das pesquisas do coreógrafo-intérprete, que, por meio das suas criações em dança, investiga o que nomeia “corpo energético e suas estruturas plásticas”. Em 2022, ele estreou o solo Pipoca, obra em homenagem ao seu pai – apelidado com este nome – e a Obaluaiê, orixá para o qual se oferece, em rituais, esse alimento.
Sobre a Companhia Márcio Cunha Dança Contemporânea – O grupo realizador, fundado pelo autor de Boca do Mundo, em 2001, tem como marca espetáculos que exploram vida e obra de artistas plásticos. Com reconhecimento nacional, recebeu o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2012 e foi contemplada em vários outros editais e premiações. Seu repertório inclui montagens como Frida me (2014), Céu de Basquiat (2015) e Rosario (2018), entre outras.
Sobre Márcio Cunha – Com 44 anos, o carioca, também pesquisador em dança, desenvolveu uma trajetória ampla na integração entre esta linguagem e as artes visuais, gerando uma integração entre estas e manifestações de espiritualidade. Formado em Dança pela antiga UniverCidade e pós-graduado em Educação Psicomotora, ministrou aulas e liderou uma companhia com 40 intérpretes portadores da Síndrome de Down. Indicado ao prêmio Cesgranrio de Dança, seus trabalhos, como Rosario (2018) e Casa de Barro (2019), foram apresentados em diversos festivais pelo país. Atua como gestor do projeto Coletivo Corpo Presente, há quatro anos.
Sobre Carla Stank – Juntamente com Márcio, interpreta as cenas e concebeu a trilha sonora da montagem. Atuou como bailarina em diversas companhias cariocas de dança, dentre elas: a Lúmini, a Babalakina, a Rio Maracatu e a Dani Lima – com a qual se apresentou, no Brasil e no Japão, por dez anos. Autora do livro Lalita Lorota - Radical de Palavra. Atualmente, aplica aulas de yoga no Centro Gestacional Curamadre (Nova Friburgo-RJ) e no Chapéu da Mata (Macaé de Cima- Nova Friburgo). É formada em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).
Serviço
Espetáculo de Dança
“Boca do Mundo”
De 23 de maio a 2 de junho, de quinta-feira a domingo
Horários: de quinta-feira a sábado às 20h | Domingo às 19h
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 20 | Meia-entrada R$ 10 | na bilheteria e pelo site: sympla.com.br
Duração: 50 minutos
Sessões Inclusivas com audiodescrição: 25 de maio e 1º de junho
Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete 338 - Catete, Rio de Janeiro (RJ)
Concepção, máscaras e instalação cênica: Márcio Cunha | Intérpretes e trilha sonora: Márcio Cunha e Carla Stank | Design de Luz: Juca Baracho
Produção: Cacau Gondomar
Fotos: Carol Pires | Vídeo: Guto Neto (Semear Filmes)
Realização: Márcio Cunha Dança Contemporânea e Boca do Mundo Produções
Patrocínio
Lei Paulo Gustavo
Governo Federal | Ministério da Cultura
Governo do Estado do Rio de Janeiro – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro
Apoio cultural: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Contemplado no Programa Funarte Aberta
Mais informações
Sobre o projeto: www.artemarciocunha.com | instagram.com/marciocunhadanca/ | Whats.: (21) 988306627
Sobre o Programa Funarte Aberta: neste link
Sobre os espaços da fundação no Rio de Janeiro
Coordenação de Espaços Culturais | Diretoria de Projetos | Funarte: coec@funarte.gov.br
* “Rito de chegada”: momento antes dos espetáculos, no qual os atores desenvolvem e utilizam práticas para “focar a energia” para o início do trabalho de cena.
* “Rito de passagem”: cerimônia marcante na vida de um indivíduo ou grupo – conceito aplicado também na arte (a partir de Arnold van Gennep) – Fonte: livro do autor Les Rites de Passage: Étude systématique des rites de passage (1909)
_____________________________________
Informações Técnicas
- "Rider" técnico, com planta e itens de acessibilidade - acesse aqui
NOVIDADES DA PROGRAMAÇÃO
De volta ao Rio de Janeiro, espetáculo de dança para a primeira infância se apresenta em espaço da Funarte
Teatro Cacilda Becker recebe "Dingling", da Companhia Xirê
Foto Ana Yoneda
A Fundação Nacional de Artes – Funarte recebe, de 24 a 26 de maio, no Teatro Cacilda Becker – espaço cultural da entidade no Rio de Janeiro (RJ), a performance de dança contemporânea Dingling, para crianças de três a seis anos de idade, da Companhia Xirê. Os ingressos têm preços populares. O projeto foi contemplado no Programa Funarte Aberta.
A palavra alemã “ding” significa "coisa". A proposta da peça é levar o público infantil a experiência de “identificar o variado mundo das coisas e dos seres e mergulhar nele, provocando alegrias e surpresas. Na cena inicial, “essa coisinha”, como ele, ou ela, é chamado(a), aparece, como um corpo quase sem forma, “Dingling ainda não ‘é’! A coisinha está misturada na paisagem. Naquele momento, não dá para identificar o que ela é: vai-se tornando, existindo, conforme a pequena plateia vai olhando para ela. Mas ela só se move quando sente esse olhar. “Não é um disfarce, é somente o jeito de ser de Dingling. “Se você me vê, eu me movo. “Se me percebe, eu ‘sou’”, ele dá a entender. Mas o que é? De fato, é uma coisa? O quê? Ou será um ser humano? As crianças vão-se surpreendendo, à medida que colocam suas atenções sobre o(a) personagem. “Venha, divirta-se e me descubra”, transmite Dingling.
Desenvolvido a convite do teatro estatal alemão Landesbühne Niedersaxen Nord, na cidade de Wilhemshaven, o projeto foi contemplado no edital Apoio à Dança – Giros RJ, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. Foi concebido por Andrea Elias, que também fez a coreografia e atua no palco, e Norberto Presta, que criou a cenografia e dirige a encenação.
As apresentações começaram em 2023 e passaram pelos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Sobre a Cia. Xirê
Fundada há 20 anos, no Centro Cultural Municipal José Bonifácio*, no bairro histórico da Gamboa, a Companhia de Dança Teatro Xirê, tem como objetivo imergir na potência da dança na educação e na vida. Desde sua criação, o grupo conta com a participação de profissionais que se dedicam e investem na iniciativa, dando-lhe credibilidade e possibilitando a realização efetiva dos espetáculos do coletivo. Eles circularam pelo Brasil e por países do exterior, como Argentina, Equador, Alemanha, Índia, Itália e Espanha.
Assista ao vídeo de divulgação do espetáculo aqui, neste link.
Serviço
Espetáculo infantil de dança contemporânea
“Dingling”
De 24 a 26 de maio de 2024
Horários: dias 25 e 26, sábado e domingo, às 16h
Classificação indicativa: Livre – destinado a crianças de 2 a 6 anos
Ingressos: R$ 20 | Meia-entrada: R$ 10 | na bilheteria e no site www.sympla.com.br
Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338 – Catete, Rio de Janeiro (RJ)
Espaço da Fundação Nacional de Artes – Funarte
Ficha Técnica
Concepção: Andrea Elias e Norberto Presta | Coreografia e performance: Andrea Elias | Direção e concepção cenográfica: Norberto Presta | Trilha sonora original: Erich A. Radke | Assessoramento dramatúrgico: Anna-Lena Rodhe | Figurino: Carla Ferraz | Costureira: Ateliê das Meninas | Cenotécnica: Brasil – Derô Martín / Alemanha: Larissa Gund e Jule Dohrn-van Rossum | Fotos: Alex Biewer | Assessoria de comunicação: Lead Comunicação | Produção Executiva: Aloisio Antunes e Tânia Ikeoka | Produção: Trânsito Produções Culturais | Co-produção: Landesbühne Niedersachsen Nord | Produção: Trânsito Produções Culturais
Projeto da Cia de Dança Teatro Xirê, contemplado no Programa Funarte Aberta e no edital Apoio à Dança – Giros RJ, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro – Governo do Estado do Rio de Janeiro
Parceria: Secretaria de Cultura – Prefeitura Municipal de Angra dos Reis
* O Centro Cultural José Bonifácio é gerido pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CDURP) em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) – ligados à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Fontes: sinopse da produção e site Sopa Cultural
________________________________________________
TEATRO CACILDA BECKER
APRESENTAÇÃO
O Teatro Cacilda Becker recebe espetáculos de artes cênicas, preferencialmente de dança, realizadas por grupos, bailarinos e atores de todo o Brasil. O espaço destina-se a apresentações, cursos, oficinas, ensaios, palestras, seminários e debates. Cedido por meio de edital ou chamamento públicos, o equipamento cultural conta com infraestrutura a custo baixo (10% da bilheteria), o que permite a comercialização de de ingressos a preços acessíveis.
Em 1958, os atores Rubens Corrêa e Ivan de Albuquerque fundaram, no bairro carioca do Catete, o Teatro do Rio. O equipamento cultural foi adquirido, em 1975, pelo Serviço Nacional de Teatro (SNT) – mais tarde incorporado à Fundação Nacional de Artes - Funarte, que o reformou, com projeto assinado por Pernambuco de Oliveira, o qual manteve as características de teatro de arena. O espaço foi então rebatizado como Teatro Cacilda Becker, em homenagem à grande atriz, falecida em 1969.
Em 1999, o Centro Técnico de Artes Cênicas (CTAC) da Funarte executou nova reforma no Teatro. Concebida pelo arquiteto Robson Jorge, a reforma conquistou medalha de ouro para o Brasil na Quadrienal de Praga, na categoria Arquitetura Cênica.
Pelo palco do Teatro Cacilda Becker já passaram grupos renomados, tais como o Ateliê de Coreografia João Saldanha (RJ), o Teatro do Movimento de Angel Vianna (RJ), a Cisne Negro Cia. de Dança (SP) e a Ânima Cia. de Dança (RS), entre muitos outros.