Centro Técnico de Artes (CTA)
Sobre o Espaço
- Linguagens artísticas atendidas: circo, dança, teatro, artes visuais, música, artes integradas
- Forma de ocupação: edital ou chamamento
- Fluxo de ocupação: contínuo
- Resumo da estrutura disponível: espaço multiúso para atividades cênicas, tais como espetáculos, leituras e ensaios | Oficina Pernambuco de Oliveira, de cenotécnica e cenografia, equipada para atividades didáticas e produtivas.
- Endereço: Rua do Lavradio 54 - Centro, Rio de Janeiro (RJ) - CEP: 20230-070
- E-mail: coec@funarte.gov.br
NOVIDADES DA PROGRAMAÇÃO
Funarte apresenta Oficina de atuação cênica ‘Desvendando o corpo – explorações poéticas’
Fundação recebe a atividade, realizada pelo pesquisador e professor argentino Isaias Charra, a partir de 1º de julho
A Fundação Nacional de Artes – Funarte apresenta a oficina de atuação cênica Desvendando o corpo – explorações poéticas, com realização no Centro Técnico de Artes (CTA), espaço da entidade, no Centro do Rio de Janeiro (RJ), de 1º de julho a 1º de agosto. O trabalho, realizado pelo professor, diretor e ator argentino Isaias Charra, é direcionado para as linguagens artísticas cênicas, como o teatro e a performance.
As inscrições permanecem abertas mesmo após o início das atividades, com o valor de R$100. Mas é possível participar com quantias menores, ou até gratuitamente – conforme disponibilidade. O projeto foi contemplado no Programa Funarte Aberta.
“Esse ‘laboratório’ é um espaço de pesquisa e um tempo de exploração para atores, atrizes, performers e técnicos com diferentes níveis de experiência, que desejam mergulhar em um treinamento para chegar à composição de ‘tramas cênicas corporais’”, define o facilitador da oficina – também bacharel e pesquisador em Teatro. Composto por dez encontros de duas horas cada um, o seminário parte do conceito de improvisação como recurso central para o treinamento e a composição das cenas.
Desvendando o corpo - explorações poéticas tem como objetivo desenvolver a ‘dramaturgia do ator’ além de explorar o conceito de ‘corpo fenomênico’, da Dra. Erika Fischer-Lichte”, explica Charra. A professora de Estudos Teatrais e autora acadêmica alemã pesquisa a relação entre o teatro e a performance, entre outros temas. “Nessa pesquisa, ela vê o corpo como uma materialidade em constante transformação”, acrescenta Isaias. “O foco é criar uma experiência integrada de atuação, que inclua o improviso, gerando uma liberdade expressiva e criativa maior. Também intenciona provocar uma reflexão profunda sobre a atuação e a improvisação como ferramentas fundamentais para potenciar a expressão e a presença cênica na criação teatral”, conclui.
O “laboratório cênico”
A agenda do seminário inclui exercícios de aquecimento, jogos de improvisação, improvisação livre, rodas e técnicas de “animal flow” (“fluxo animal”: combinações de movimentos que lembram os bichos). Nos primeiros quatro encontros, os participantes serão apresentados aos conceitos básicos do improviso. Nas quatro datas seguintes, será desenvolvido o conceito de "trama", com a interação de vários elementos do teatro. Nos dois últimos encontros, haverá um ensaio técnico, com iluminação, e um ensaio aberto ao público.
“A integração das linguagens artísticas permite que se criem tramas cênicas, complexas e dinâmicas, baseadas na interação entre corpo, voz, movimento e outros elementos de teatro e da performance. Por meio da desconstrução das práticas cênicas tradicionais, busca-se uma renovação estética e filosófica do teatro, enfatizando a importância do corpo em trânsito e em constante devir”, observa. “A improvisação, como método de treinamento, oferece a chance de se explorar novas possibilidades criativas, rompendo com as convenções dramatúrgicas estabelecidas e com maior liberdade expressiva.
A metodologia da oficina é prática. Também é “horizontal”, ou seja: o professor valoriza a contribuição de cada participante – aliás, ele considera cada contribuição dessas como um elemento único.
Sobre o facilitador
Nascido em Córdoba (ARG), em 1991, Isaias Charra é bacharel em Teatro pela Faculdade de Artes da Universidade Nacional de Córdoba (UNC). Dirigiu as montagens teatrais Não há mar (versão livre) e O Pedido. Como ator, trabalhou em vários espetáculos, destacando-se O Pedido e Ubú Forever – criação coletiva da cátedra de Paco Gimenez na universidade, apresentada no Festival Efêmero de Teatro Independiente (FETI), em Córdoba e na capital, Buenos Aires (2018–2019). Também atuou em Polvo Eres ("Tu és pó") – 2017 – e em Fractura Expuesta (“Fratura Exposta”), no ano seguinte. No cinema, participou de curtas-metragens. Foi performer em Humanos S.A., no 12º Festival Internacional de Teatro Mercosul (2015).
Histórico do trabalho
“Desvendando o corpo [...] é um processo de pesquisa individual, que começou na Argentina, durante o desenvolvimento do meu trabalho final de bacharelado, sobre improvisação humorística. A investigação se ampliou no laboratório de improvisação Perder a forma – espaço de treinamento e pesquisa para atores, do qual participei, com interpretação e performance. O estudo da improvisação, enquanto dispositivo cênico e de técnica para o ator, visa a reconhecer as particularidades das poéticas teatrais dos(as) atores/atrizes brasileiros(as), especificamente os do Rio de Janeiro. Esse enfoque na improvisação permite explorar novas formas de expressão e criação cênica – destacando-se as diferenças culturais e de estilos, que enriquecem o processo criativo. A pesquisa se concentra em como essas técnicas podem ser aplicadas para desenvolver uma compreensão mais profunda das práticas desses(as) artistas.
Serviço
Oficina de atuação cênica
“Desvelando o corpo: Explorações Poéticas”
Projeto contemplado no Programa Funarte Aberta
De 1º de julho a 1º de agosto, segundas e quintas-feiras, das 15h às 17h
Classificação indicativa: 18 anos
Participação: R$100 (ou quanto o aluno puder pagar). Inscrições neste link
Centro Técnico de Artes (CTA) – Funarte
Rua do Lavradio, 54 – Centro – Rio de Janeiro
Mais informações
Sobre a oficina: @Izaiascharra | isaias.charra@mi.unc.edu.ar | Whatsapp: +54 9 351 5596162
Sobre o Programa Funarte Aberta: aqui, neste link
Sobre os espaços culturais da Funarte no Rio de Janeiro
Coordenação de Espaços Culturais | Diretoria de Projetos | Funarte: coec@funarte.gov.br
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Centro Técnico de Artes (CTA) - Funarte recebe oficina de interpretação para monólogos
Com inscrições abertas até 18 de abril, oficina ‘Fabulações, corpo e cidade’ realiza-se no Centro Técnico de Artes da Funarte e no Citrus Ateliê
Ledac – Laboratório de Estudos Documentais nas Artes Cênicas tem atividade pública no Centro Técnico de Artes – Funarte
Detalhes Técnicos
- Rider técnico, com planta e texto que descreve itens de acessibilidade - Acesse aqui.
- Chamamento mais recente - Acesse aqui
NOVIDADES DA PROGRAMAÇÃO
Espetáculo ‘Memória – No Limiar do Juízo Final’ tem ensaios no Centro Técnico de Artes da Funarte
Contemplado no Programa Funarte Aberta, projeto tem como foco mostrar os questionamentos da “mulher real”, sem idealizações ou coisificações, atribuídas ao gênero feminino, ao longo da história
A Fundação Nacional de Artes – Funarte abre seu Centro Técnico de Artes (CTA), no Centro do Rio de Janeiro (RJ), para ensaios da montagem teatral Memória – No Limiar do Juízo Final, de 3 a 31 de julho, às quartas-feiras. Contemplada no Programa Funarte Aberta, a atividade não é destinada ao público. Mas a estreia da encenação está prevista para agosto, em outro espaço da cidade. Com texto e interpretação de Mitzi Amado, o espetáculo conta com uma equipe reconhecida na cena brasileira – direção: Delson Antunes, direção de movimento de Marina Salomon, iluminação: Aurélio de Simoni; e Cenografia: José Dias; entre outros.
O solo mostra uma mulher que, presa ao passado, revisita suas histórias de vida. Ela examina as suas relações, erros e acertos. Sente culpa por erros do passado. Condena-se, absolve-se, arrepende-se, inquieta-se e esquece-se. Questiona o presente e teme o futuro: o envelhecimento, a doença e a morte. Na fronteira mais tênue entre a vida e a morte é que ela descobre a potência da sua existência – onde menos espera.
Artes integradas
A proposta da obra inclui provocar um impacto no público, por meio de linguagens artísticas além do teatro: a fotografia e a poesia, principalmente, com projeções e fotografias físicas originais – do final do século XIX e início do século XX – e inserções de vozes de várias mulheres, declamando poesias fragmentadas, que se integram ao texto. Além disso, em dois momentos da personagem, de catarse, de liberação de sentimentos, as palavras são substituídas por movimentos, que traduzem o estado emocional dessa mulher. A base para esse processo criativo corporal é a dança contemporânea.
O título da peça traz, em essência um questionamento existencial e filosófico: ‘Se minha memória se apagar por completo neste instante, quem sou eu?’ E, para refletir sobre tudo isso, nada melhor do que contar histórias...”, comenta o produtor, Claudio Calixto.
“A mulher humana, real e possível”
“A pesquisa trata da mulher humana, real e possível, apesar de todas as idealizações que marcam a figura feminina, através da história. É a mulher verdadeira: nem sacralizada, santa, inalcançável, puríssima, imaculada e nem objeto de consumo, ‘mulher fruta’, produto, coisificada, boneca inflável, plastificada”, comenta a autora. “A peça é uma perspectiva sobre o ser feminino a partir dele mesmo e de uma maternidade fora das convenções. São as histórias e dramas existenciais de uma mulher. Todas elas. Todas nós – erradas, falhas, imperfeitas e reais [...]. As angústias da personagem, conscientes e inconscientes, verbalizadas ou não, são também minhas e podem ser a mola propulsora para a liberdade”, acrescenta Mitzi Amado.
A produção observa que projeto se justifica e se fortalece ainda mais por ser idealizado e escrito por uma mulher brasileira – autora teatral, além intérprete. “O impacto social e artístico é, fundamentalmente, dar voz tanto à dramaturgia brasileira feminina em si, quanto a todas as mulheres que se sentem à margem dos comportamentos femininos convencionados e pré-estabelecidos. A obra naturaliza e reafirma a existência da mulher real e plural e, portanto, a diversidade de femininos e de feminilidades”, conclui Mitzi.
Ensaios – espetáculo teatral
Memória – No Limiar do Juízo Final
3 a 31 de julho, toda quarta-feira, das 14h às 17h
Atividade não aberta ao público
Local: Centro Técnico de Artes (CTA) – Funarte - Sala Multiúso
Rua do Lavradio, 54 – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Classificação indicativa: 14 anos
Ficha Técnica
Idealização, Texto e Interpretação: Mitzi Amado | Direção: Delson Antunes | Direção de Movimento: Marina Salomon | Iluminação: Aurélio de Simoni | Cenografia: José Dias | Trilha original: Raphael Piquet | Design gráfico e Fotografia: Bruno Guerchon | Produção: Calixto Produções / Claudio Calixto | Produtora Associada: Mitzi Amado | Assessoria de Imprensa: Ney Motta | Assessoria de Comunicação: Sketchmidia
Mais informações
Sobre o projeto: @calixtoproducoesrj | contato.calixtoproducoes@gmail.com
APRESENTAÇÃO DO ESPAÇO
A Coordenação dos Espaços Culturais está situada à Rua do Lavradio, 54, Centro, no coração do Corredor Cultural do Rio de Janeiro, em um sobrado do fim do século XIX, com dois pavimentos de 450m² de área útil, que foi legado ao poder público (Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro), em 1916, por D. Luiza Amália Ferreira de Castro, Baronesa do Flamengo.
Desde a década de 60, já então pertencente à área de cultura, o imóvel passou a abrigar a atividade de carpintaria teatral do Serviço Nacional de Teatro (SNT) tendo saído de suas instalações muitos cenários de importantes montagens de espetáculos.
Em 1986, foi adaptado pelos próprios técnicos do Instituto Nacional de Artes Cênicas (Inacen), em uma moderna oficina de cenotécnica e cenografia, equipada para atividades didáticas e produtivas, batizada de Pernambuco de Oliveira, em homenagem ao importante cenógrafo e professor.
Em seguida, a partir da realização do Encontro de Cenógrafos, Cenotécnicos e Arquitetos Cênicos, em 1987, onde participaram profissionais de 14 estados brasileiros, as ideias se ampliaram, surgindo o Centro Técnico de Artes Cênicas.
A reforma do prédio, em 2001, adequou os espaços físicos e os equipamentos aos programas de difusão, treinamento, consultoria, documentação e informação, dando-lhes possibilidade de plena execução.