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CICLO DE DEBATES ARTE ESTADO DISCUTE ARTE E POLÍTICA NO PERÍODO DA DITADURA
O encontro propõe discussões em torno da relação dos diversos agentes das artes visuais e o estado autoritário no contexto latino americano, com ênfase no regime ditatorial brasileiro. “Nosso objetivo é aprofundar e reavaliar certas asserções que relacionam a arte contemporânea e seus principais agentes à ditadura civil-militar brasileira, especificamente às políticas públicas de fomento e difusão cultural implementadas no período de 1964-1985 e à apropriação da memória desses anos de chumbo como tema central de poéticas artísticas contemporâneas”, afirma Fabrícia Jordão, idealizadora do projeto.
Partindo dessa perspectiva, o ciclo de debates Arte Estado se propõe a atualizar a discussão em torno dessa contraditória e complexa relação histórica e política, que a arte contemporânea mantém com poder/estado brasileiro desde a instauração da ditadura até os dias de hoje.
PROGRAMAÇÃO
Dia 25.06.13
Mesa 1 – 19h
O Artista e o Estado Autoritário
A atuação e produção de diversos artistas durante o regime civil-militar brasileiro (1964-1985) continuam sendo explicadas por meio da polaridade resistência-cooptação, favorecendo uma análise superficial de uma complexa relação em que parte significativa da cultura de oposição foi apoiada pela política cultural do regime sem sucumbir à sua ideologia.
Diante da necessidade de aprofundar essa discussão, a mesa se propõe a refletir sobre a relação do artista com o estado autoritário. Para tanto, foram convidados o pesquisador Marcos Napolitano (USP), o artista multimídia Paulo Bruscky e a pesquisadora Dária Jaremtchuk (USP), que fará a mediação da mesa.
Dia 26.06.13
Mesa 2 – 19h
Produção Artística e o Estado Autoritário
A produção artística brasileira, durante o período ditatorial, foi marcada por trabalhos de caráter eminentemente experimental. Que aliavam questionamentos em torno do sistema, natureza e função da arte a outros em torno do contexto cultural, social e político brasileiro durante a ditadura militar brasileira. Esse processo culminou, dentre outros, com o estreitamento das relações entre arte e política. As transformações instauradas pela arte experimental brasileira nas décadas de 1960/1970 serão tensionados por uma vertente de coletivos artísticos que surgem após a abertura política, culminando com uma prática/produção na qual ativismo político/social e arte não se dissociam. Para pensar essa questão foram convidados o Coletivo de Arte ENTORNO (Brasília), representado pelas artistas Janaína André e Marta Penner; o artista GOTO (integrante dos Coletivo EPA e E/Ou), o artista Sebastião Oliveira Neto (integrante do gurpo OCUPEACIDADE), a artista e pesquisadora Gabriela Leirias e a artista, pesquisadora e curadora independente, especialista em arte brasileira, María Inígo Clavo (Espanha).
Dia 27.06.13
Mesa 3 – 19h
Arte, Ditadura e Feminismo -19h
Essa mesa propõe indagações acerca da contribuição da arte feminista e queer para o estreitamento das relações entre arte e política a partir do final da década de 1960 no Brasil e nos Estados Unidos. Abordando os temas da representatividade (presença e ausência de mulheres artistas no campo artístico institucional), da representação e da auto-representação (imagens produzidas por mulheres, lésbicas e representações queer), os debates apresentados abarcarão os
múltiplos aportes das proposições artísticas feministas e feitas por mulheres considerando-se as transformações do sistema, natureza e função da arte e atentando também para seus efeitos no âmbito sócio-cultural, especialmente seus potenciais desestabilizadores dos valores heteronormativos. Para incitar os debates acerca dessas questões foram convidadas as pesquisadoras e artistas Profa. Dra. Rosa Blanca, Lina Arruda e a profa. Dra. Ana Paula Simioni.
Dia 28.06.13
Mesa 4 – 19h
Arte Contemporânea e o Estado Autoritário – 19h
Para além de suas intersecções anteriores, a confluência entre artes plásticas e Estado, no que diz respeito aos períodos das ditaduras latino-americanas, é retomada a partir da década de 1990, com um visível aumento do incentivo estatal em financiar exposições de produções contemporâneas, que têm nas memórias relacionadas às ditaduras latino-americanas a temática central de seus trabalhos. Em concomitância, soma-se a isto o aumento da visibilidade de propostas sobre esse viés, para além do limite fronteiriço dos países ao quais as memórias estão, porventura, relacionadas. É inserido nesse deslocamento que convidamos para uma conversa o Grupo de Arte Callejero (Buenos Aires), representado por Nadia Carolina Golder, a artista brasileira Fulvia Molina (São Paulo) e a pesquisadora Vivian Braga (USP), a fim de dar continuidade aos diálogos dos diferentes caminhos dessas produções contemporâneas a partir de alguns pontos, dos quais se destaca o seguinte: como abordar essas memórias deflagradas, por vezes de caráter hediondo, na esfera pública?
SERVIÇO
CICLO DE DEBATES: Arte e Estado: Possíveis Relações entre o Sistema das Artes e as Políticas Culturais no Período da Ditadura Civil-militar Brasileira
QUANDO: de 25 a 28 de junho de 2013, a partir das 19h
ONDE: Centro Cultural São Paulo
ENDEREÇO: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo/SP
SITES RELACIONADOS:
www.arteestado.com.br
www.facebook.com/ArteEstado
http://portais.funarte.gov.br/conexaoartesvisuais/contemplados/arte-e-estado-possiveis-relacoes-entre-o-sistema-das-artes-e-as-politicas-culturais-no-periodo-da-ditadura-civil-militar-brasileira/
http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_debates_e_palestras_2.html