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Servidores da Funai apresentam nos EUA pesquisa sobre o uso de Inteligência Artificial na preservação das línguas indígenas
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Foto: Divulgação/Funai
Resultados parciais da pesquisa “Inteligência Artificial na preservação das línguas indígenas do Brasil" foram apresentados por servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) durante o Simpósio sobre Línguas Ameríndias (SAIL). O evento foi realizado no início de abril pela Universidade do Arizona (UA), em Tucson, nos Estados Unidos. Criado há dez anos pelo brasileiro linguista e professor na UA, Wilson Silva, o SAIL tem como objetivo proporcionar um espaço para indígenas e parceiros de toda a América discutirem a documentação, descrição, conservação e revitalização das línguas indígenas.
O estudo é desenvolvido pelos servidores da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (CGTIC) da Funai Cleuber Amaro e Thiago Santos, sob orientação da professora do Instituto Federal de Brasília (IFB) Kadidja Oliveira. Amaro afirma que o debate sobre Inteligência Artificial não se limita ao tema das línguas indígenas, se estendendo a diversas outras áreas, como é o caso da soberania dos dados, da regulamentação de seu uso por terceiros e dos impactos negativos e positivos para os povos indígenas.
“A pesquisa tem origem em discussões sobre a ascensão e democratização do acesso irrestrito às tecnologias de inteligência artificial, ainda que seus efeitos, pouco debatidos e conhecidos, tenham potenciais devastadores e irreversíveis. Percebemos que ainda há um vácuo na discussão do tema por parte da Funai, ao passo que ela é a instituição referência na promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas e tem todo o potencial para manter esse status também no contexto digital”, explica Cleuber Amaro.
Já Thiago Santos aponta que é preciso diálogo para a utilização da tecnologia de maneira adequada. “É preciso avaliar todos os prós e contras de seu uso a partir da demanda de cada povo, com a participação direta da comunidade e com a validação de todos os produtos. Além disso, é importante ressaltar que a tecnologia pode contribuir para mitigar sintomas de um problema que tem raízes mais profundas e cujas causas passam por questões mais complexas, como é o caso da demarcação das terras”, enfatiza.
Também participaram do evento representantes da Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT) e da Universidade de Brasília (UnB).
Assessoria de Comunicação/Funai