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Representantes da Funai recebem estatueta Omama que simboliza a luta contra o garimpo ilegal
Representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) receberam a estatueta Omama, símbolo de luta e resistência, como pedido para que não esqueçam das dificuldades que os povos indígenas enfrentam diariamente frente ao garimpo ilegal em seus territórios. O gesto foi direcionado à presidenta da Funai, Joenia Wapichana; às diretoras de Proteção Territorial e de Proteção ao Desenvolvimento Sustentável, Janete Carvalho e Lúcia Alberta, respectivamente, à coordenadora regional de Roraima, Marizete de Souza, e à coordenadora da Frente de Proteção Yanomami e Y’ekuana, Elayne Maciel, durante a II Assembleia Geral do Povo Yanomami da URIHI, realizada na quarta-feira (10), em Roraima.
O “Custo do Ouro” é uma forma simbólica de reconhecimento e protesto dos povos, através da Associação Urihi Yanomami, contra o avanço do garimpo ilegal nas terras indígenas. Segundo o líder da Associação, Júnior Hekurari, a estatueta é feita de barro e possui o formato da divindade Omama, o guerreiro, criador e protetor da Amazônia e do povo Yanomami. “Ele é um símbolo da resistência e da proteção, por isso entregamos a estatueta àqueles que lutam em defesa dos direitos do nosso povo, para que não esqueçam do sofrimento dos indígenas e os problemas causados pela extração ilegal do ouro nos territórios indígenas”, explica Hekurari.
Durante a cerimônia, que ocorreu na Região de Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, as lideranças denunciaram o rastro deixado pela extração de ouro e como isso afeta suas rotinas, com a contaminação dos rios e o desmatamento das florestas. Além das representantes da Funai, a estatueta também foi entregue ao procurador do Ministério Público Federal (MPF), Alisson Marugal, ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI), à Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e, de forma simbólica, à Casa de Governo representando o presidente Lula.
Oscar 2023
Para chamar atenção à causa indígena, a Associação levou o prêmio “Custo do Ouro” à cerimônia do Oscar em 2023. Foram entregues estatuetas de madeira aos vencedores da premiação, como forma de protesto contra o garimpo ilegal no território Yanomami. À época, Júnior Hekurari afirmou que a estatueta entregue aos premiados serviria para representar o contexto de sofrimento de toda a população afetada pelo garimpo ilegal.
Assessoria de Comunicação/Funai