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Presidenta da Funai visita o abrigo Casa de Acolhimento Infantil Viva Criança em Boa Vista (RR)
Foto: Divulgação/Funai
A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, visitou na manhã desta segunda-feira (11) o abrigo Casa de Acolhimento Infantil Viva Criança, situado em Boa Vista (RR). Antes da presidenta conhecer as instalações, a gerente do abrigo infantil, Dizoneide de Almeida Lima, fez uma breve apresentação sobre o abrigo, suas ações de acolhimento e demandas.
A reunião também contou com a participação da coordenadora regional da Funai em Roraima, Marizete Macuxi; da secretária de Desenvolvimento Humano e Social de Roraima, Soraima Rodrigues do Carmo; e da secretária adjunta do Trabalho e Bem-Estar Social do Estado, Isadora Braga.
Entre as pautas tratadas na reunião estiveram a responsabilidade do estado, a proteção e o acolhimento de crianças indígenas em situação de vulnerabilidade social, encaminhadas pelo Poder Judiciário ao abrigo infantil, e a atuação da Funai no acompanhamento das crianças e adolescentes que chegam à instituição.
Ao todo, há 17 crianças na Casa de Acolhimento Infantil Viva Criança, sendo sete crianças indígenas dos povos Xirixana, Xiriana e Yanomami. De acordo com Dizoneide, as crianças e os adolescentes chegam ao abrigo após decisão judicial, levados pelo Conselho Tutelar.
Após a chegada de uma criança ou adolescente, os agentes do abrigo entram em contato com lideranças de comunidades indígenas a fim de reintegrá-la ao convívio familiar. Quando a resposta é positiva, começam todos os trâmites de adoção. “Tentamos reintegrar as crianças indígenas em famílias indígenas”, disse a gerente da Casa de Acolhimento Infantil Viva Criança.
A presidenta da Funai demonstrou preocupação quanto às crianças indígenas ficarem muito tempo no abrigo e perderem o vínculo com os parentes e a cultura indígena em que nasceram. “O prazo de adoção precisa ter uma agilidade, porque a criança acaba perdendo a questão da alimentação, idioma e estudo”, frisou Joenia Wapichana.
Na avaliação da presidenta do órgão indigenista, é necessário criar uma rede fortalecida para proteger as crianças indígenas de qualquer tipo de violência e mantê-las dentro da cultura indígena. Joenia Wapichana também falou sobre a fundação promover articulações com as comunidades indígenas e sensibilizar organizações indígenas com relação a esse cenário. “Esse é o papel da Funai”, declarou.
A gerente da Casa de Acolhimento Infantil Viva Criança, Dizoneide de Almeida Lima, listou algumas demandas ao longo da reunião, como acompanhar a situação de vulnerabilidade de crianças que estão em territórios de difícil acesso. Ela enalteceu o trabalho realizado pela Funai. “Ficamos felizes com a apresentação e que esse contato possa continuar”, reforçou.
Assessoria de Comunicação/Funai