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Presidenta da Funai destaca importância da expressão artística indígena para evidenciar a luta por direitos
A presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, reafirmou a importância da expressão indígena, por meio da arte, para que a sociedade em geral conheça e entenda a luta dos povos indígenas por seus direitos. Foi durante a exposição “Olhos do Xingu”, iniciada nesta sexta-feira (6), no Museu Nacional da República, em Brasília, e que permanece até o dia 2 de fevereiro de 2025. Por meio de fotografias e vídeos, o evento ilustra os modos de pensar e ver dos povos indígenas e ribeirinhos da bacia do Rio Xingu, entre os estados do Pará e Mato Grosso.
“É importante que a sociedade brasileira veja, entenda e se junte aos esforços porque a luta por direitos indígenas deve ser uma responsabilidade de todos. Através do potencial e do nosso talento mostramos que queremos apenas ser respeitados nos nossos modos de vida. Não somos superiores e nem inferiores, o que nos difere é a cultura”, ressaltou.
A gente luta junto com nossas lideranças através das câmeras e das redes sociais. Somos os olhos do Xingu, não somente do Xingu, mas de todos os povos que lutam por proteção contra ameaças
Kujãesage Kaiabi, curadora da exposição Olhos do Xingu
A exposição é uma realização da Rede Xingu+, da União Europeia e do Instituto Socioambiental (ISA), e conta com apoio da Fundação Rainforest da Noruega. A mostra promove uma reflexão entre as lutas e ameaças que pressionam o Corredor Xingu de Diversidade Socioambiental.
O evento propõe ainda uma reflexão sobre como os diferentes modos de produção de registros visuais, feitos pelos comunicadores Xingu, incentiva novas gerações de comunicadores a fazer fotografia a partir do pensamento xinguano.
“A gente luta junto com nossas lideranças através das câmeras e das redes sociais. Somos os olhos do Xingu, não somente do Xingu, mas de todos os povos que lutam por proteção contra ameaças. Estamos felizes com essa oportunidade de mostrar um pouco do nosso trabalho”, diz a curadora da exposição, Kujãesage Kaiabi.
Assessoria de Comunicação/Funai