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Nota de Pesar - Sidiney de Oliveira Silva (Nenê)
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) repudia o assassinato, no último sábado (15), do brigadista Sidiney de Oliveira Silva, morto na porta de sua casa, em Formoso do Araguaína, região sudoeste do estado do Tocantins. Nenê, como era conhecido por todos, era contratado pelo Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e atuava junto à Funai em várias frentes, dentre elas o manejo preventivo do fogo.
Um dos principais conhecedores da Ilha do Bananal, o ambientalista deu apoio logístico à Funai quando, em um sobrevoo, fez o avistamento do povo indígena isolado Avá-Canoeiro, antes dado como extinto em uma área da ilha conhecida como a "Mata do Mamão".
O coordenador da unidade da Funai localizada em Palmas (TO), Bolivar Xerente, destacou o legado de Nenê para a questão indígena. “Ele era uma pessoa bem prestativa, atuando pela Funai como colaborador. Ele apoiava a gente como um guia porque ele conhecia bem a Ilha do Bananal. Todas as nossas ações de indígenas isolados na região ele era a primeira pessoa que procurávamos. Ele contribuiu muito para a questão ambiental e para os direitos indígenas”.
Já o coordenador da Política de Proteção e Localização de Indígenas Isolados da Funai e amigo de Sidiney, Guilherme Martins, ressaltou a importância de Nenê para a região e lamentou o assassinato de mais um defensor de causas ambientais, lembrando também a morte de Bruno Pereira e Dom Phillips.
“Nenê era um defensor incansável da Ilha do Bananal, este verdadeiro santuário de sociobiodiversidade. Infelizmente a cobiça de alguns destrói a vida na maior ilha fluvial do planeta, despedaçando agora também a vida de nosso amigo. No segundo país que mais mata ambientalistas do mundo, e apenas dez dias após o Estado Brasileiro prestar homenagem à morte de nosso amigo Bruno Pereira, prometendo que isso jamais iria se repetir, temos que enterrar mais um camarada. Até quando?”, questionou.
A Funai se solidariza com a família e amigos, e aguarda o término das investigações, na espera de que a justiça seja feita nesse e em todos os crimes envolvendo defensores das causas ambientais e dos direitos indígenas.
Assessoria de Comunicação/Funai