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Nota de pesar - Cacique Merong Kamakã Mongoió
Alenice Baeta/Divulgação
Com imenso pesar, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informa o falecimento do cacique Merong Kamakã Mongoió na manhã desta segunda-feira (4) em Brumadinho (MG). Militante em defesa do território da sua comunidade, o líder indígena pertencia ao povo Pataxó-hã-hã-hãe, situado ao Sul da Bahia, e à sexta geração da família Kamakã Mongoió, conforme publicou o Museu do Índio nas redes sociais.
O cacique estava à frente da Retomada Kamakã Mongoió no Vale do Córrego de Areias em Brumadinho, município da região metropolitana de Belo Horizonte. Além de liderar as ações em prol dos direitos de seu povo, Merong militava em defesa dos territórios de outras comunidades, como a Kaingáng, Xokleng e Guarani.
O líder indígena nasceu em Contagem (MG) e, na infância, foi morar na Bahia. “Quando criança, a vida era mais difícil porque não vendia o artesanato para subsistência, e também não tínhamos programas de apoio dos governos, o que pesava para uma família de seis irmãos”, escreveu o Museu do Índio na homenagem postada. Para o cacique, a terra significava vida e espiritualidade, razão para defendê-la ao máximo e em qualquer circunstância.
Merong Kamakã Mongoió também atuou no Rio Grande do Sul. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o líder indígena participou ativamente da Ocupação Lanceiros Negros, iniciativa que contribuiu com as retomadas Xokleng Konglui no município gaúcho de São Franciso de Paula, e Guarani Mbya em Maquiné.
A Funai lamenta profundamente a perda e se solidariza com familiares e amigos neste momento de tristeza.
Assessoria de Comunicação/Funai