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Nota: Ataque aos indígenas Pataxó Hã-hã-hãe no sul da Bahia
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) manifesta seu profundo pesar e indignação diante do assassinato da líder indígena Pataxó Hã Hã Hãe Maria de Fátima Muniz de Andrade, ocorrido durante um violento ataque perpetrado por um grupo autointitulado "Invasão Zero", na retomada do território Caramuru, município de Potiraguá, no sul da Bahia.
Conhecida como "Nega Pataxó", Maria de Fátima teve sua vida dedicada à luta pelos direitos e cultura de seu povo, sendo um exemplo de resistência para os povos indígenas.
O lamentável episódio envolveu, além do homicidio, tentativas de homicídio e agressões físicas contra dezenas de indígenas da etnia Pataxó Hã Hã Hãe. Entre os feridos, um indígena foi submetido a uma cirurgia de emergência, uma indígena teve fraturas, e os demais foram hospitalizados, mas não correm risco de morte.
A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, e a diretora de Proteção Territorial, Janete Carvalho, integram a comitiva do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) que está na região, liderada pela ministra Sonia Guajajara, através do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas. A Funai, por meio da Coordenação Regional do Sul da Bahia (CR-SBA), acompanha o caso desde que tomou conhecimento e tem colaborado ativamente, apoiando os indígenas.
A Funai expressa solidariedade aos familiares e ao povo Pataxó Hã-Hãe-Hãe neste momento de luto. Comprometida com a justiça, a Funai acompanha de perto as investigações para que os autores do crime sejam responsabilizados, e a segurança dos povos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe seja assegurada.
Assessoria de Comunicação/Funai