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Junto à PF, agentes da Funai atuam no combate a crimes ambientais na TI Igarapé Lage (RO)
A Polícia Federal deflagrou na última quarta-feira (5) a Operação Retomada III na Terra Indígena Igarapé Lage, no estado de Rondônia, para combater crimes ambientais e de grilagem de terras. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Exército e a Força Nacional apoiaram a ação, realizada no Dia Mundial do Meio Ambiente.
A operação retirou três invasores, que não possuíam autorização dos indígenas ou da Funai para acessar a área. Além disso, apreendeu madeira extraída de forma ilegal da região, destruiu plantações e arrecadou cerca de 500 quilos de alimentos cultivados clandestinamente, que foram adequadamente destinados.
Em Nova Mamoré (RO), foi desmantelada uma empresa madeireira que supostamente beneficiava madeira criminalmente receptada das Terras Indígenas Ribeirão e Igarapé Lage. As atividades já haviam sido embargadas pelo Ibama no final do ano passado e, mesmo assim, a empresa continuava a operar clandestinamente.
Diante da reiteração da atividade ilegal, foram apreendidos e removidos do local um gerador e maquinário pesado para beneficiamento de madeira, todos avaliados em cerca de R$ 2 milhões. Também foram apreendidos cerca de 140 metros cúbicos de madeira.
A ação contou com policiais federais; agentes da Funai e do Ibama; policiais da Força Nacional e militares do 6º Batalhão de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro. Um representante do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) também acompanhou a operação.
Desmatamento
A Operação Retomada III é a quinta operação da Polícia Federal na TI Igarapé Lage no ano de 2024. A área desmatada no território alcança 840 hectares, o equivalente a 800 campos de futebol.
Os invasores construíram pontes e criaram um corredor, com extensão de aproximadamente 20 quilômetros, de uma ponta a outra do território. Todas essas estruturas foram destruídas nas ações realizadas ao longo do ano.
Os órgãos também identificaram divisão e demarcação criminosa de parte da TI Igarapé Lage em cerca de 100 lotes, o que configura prática de grilagem de terras.
Os responsáveis podem ser condenados pelo crime de invasão de terras públicas com intenção de ocupação e pelo crime de desmatamento clandestino em área pública, sujeitos a penas de detenção por até três anos e de reclusão por até quatro anos, respectivamente.
Assessoria de Comunicação/Funai
Com informações da Polícia Federal