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Governo Federal incentiva adoção de animais domésticos na Terra Indígena Apyterewa
Foto: Divulgação
As ações de desintrusão na Terra Indígena (TI) Apyterewa, no Pará, mobilizaram o governo federal para mais uma ato importante na região: promover a adoção dos animais domésticos que foram deixados pelos invasores, mesmo após receberem autorização para resgatarem os animais.
Na Vila Renascer, a área mais afetada na TI Apyterewa, equipes de resgate cuidam de dezenas de cães e gatos que aguardam adoção por meio da Campanha Adote Apyterewa. Na página online criada para divulgação da iniciativa, foram publicadas fotos e histórias desses animais, os quais já foram castrados, medicados e estão prontos para encontrar um lar permanente. Clique aqui e saiba como fazer a adoção.
Atualmente, os pets estão sob cuidados temporários, mas precisam ser realocados urgentemente por serem considerados espécies exóticas invasoras na região, o que representa uma ameaça à biodiversidade local.
Nesse cenário, a sociedade pode contribuir adotando um desses animais ou divulgando a campanha de adoção na TI Apyterewa. Para adotantes fora do Pará, a GOL oferece frete gratuito para transportá-los até a maioria das capitais do país. Para adotantes locais nos municípios próximos à TI (Tucumã, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu), o transporte é terrestre.
Resultados da desintrusão
Denominada Operação Desintrusão, a ação integrada de órgãos do Governo Federal, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), para retirar invasores do território indígena, fez com que a TI Apyterewa registrasse um marco significativo para a região que, anteriormente, liderava o ranking de desmatamento na Amazônia. Em janeiro deste ano, houve a redução de 79,8% no desmatamento, em comparação ao ano anterior, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O desmatamento foi zero no período.
Antes da operação, a Terra Indígena Apyterewa era considerada a mais desmatada do país, perdendo 319 km² de floresta nativa entre 2019 e 2022. A retirada dos invasores visava restaurar a legalidade no território. Cerca de 300 agentes de diversas instituições federais participaram da operação, marcada por desafios e resistências, mas que teve como resultado a recuperação do território para o povo Parakanã, etnia de recente contato com não indígenas.
Assessoria de Comunicação/Funai