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Governo Federal impõe prejuízo milionário e zera novos garimpos ilegais na TI Yanomami em setembro
Foto: Lohana Chaves/Funai
O Governo Federal completou 2.048 operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) em setembro de 2024. Desde o início das ações, em março deste ano, houve uma queda expressiva de 96% na abertura de novos garimpos, em comparação aos números de 2022. Entre março e setembro de 2024, 37 hectares de novas atividades de garimpo foram detectados. No mesmo período de 2022, foram registrados 984 hectares. Nenhum novo garimpo foi identificado em setembro deste ano, evidenciando a eficácia das operações.
Os dados são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão do Ministério da Defesa, e comprovam o resultado positivo que reflete a colaboração entre diversos órgãos do Governo Federal e o uso de tecnologias avançadas de monitoramento, como satélites e drones. De acordo com os dados, há uma redução contínua na abertura de garimpos ao longo de 2024. Em março, foram detectados 13 hectares de novas áreas de garimpo, em comparação com os 107 hectares de março de 2022. Já em julho, o número caiu de 186 hectares em 2022 para apenas 2 hectares em 2024.
O Governo Federal reforça seu compromisso com a proteção às terras indígenas e a preservação da Amazônia. O combate ao garimpo ilegal é parte fundamental dessa estratégia, assegurando a preservação da biodiversidade e a integridade do território Yanomami, como destacou o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino. "Nosso objetivo é manter a integridade dessa terra e assegurar que os Yanomami possam viver em paz, sem a ameaça do garimpo ilegal que tanto devastou suas vidas e seu território", pontuou.
Prejuízo ao garimpo
As operações na TIY não apenas reduziram as invasões, mas também causaram prejuízos significativos às atividades ilícitas. Até setembro de 2024, os garimpeiros ilegais sofreram perdas superiores a R$ 215 milhões. Entre os itens apreendidos estavam 90 antenas Starlink, 177 embarcações, 73 armas de fogo, além de 90 mil quilos de cassiterita e 95 mil litros de óleo diesel. As forças de segurança também destruíram 318 acampamentos e prenderam 114 pessoas.
Com 11.781 abordagens e 584 missões de fiscalização aérea, as ações resultaram em 2.042 autuações e 25 embargos, com multas que totalizam R$ 11,4 milhões.
Tecnologia
As operações contaram com o apoio de tecnologias avançadas, como o uso de satélites e drones, que permitiram a detecção precisa de áreas de garimpo e desmatamento. Do total de 2.048 ações realizadas até setembro, 1.693 foram de fiscalização, 73 de reconhecimento e 32 de caráter humanitário. A maior parte das operações foi terrestre, com 1.181 incursões, seguidas por 382 missões aéreas e 235 fluviais, cobrindo amplas áreas da TIY.
V Fórum de Lideranças
Durante o V Fórum de Lideranças da Terra Indígena Yanomami, realizado em Roraima entre os dias 25 e 27 de setembro, o presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), Davi Kopenawa, elogiou as medidas adotadas e destacou: "A diminuição do garimpo ilegal é uma vitória para o nosso povo e para a preservação de nossa terra sagrada". Ele também enfatizou o impacto positivo dessas ações na preservação ambiental e na saúde da população Yanomami.
O encontro reúne lideranças dos povos Yanomami e Ye'kwana, órgãos do Governo Federal e instituições parceiras para discutir e aprimorar as ações realizadas e em planejamento, além de buscar novas formas de responder à crise humanitária enfrentada no território. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) reforçou a importância da presença indígena na formulação e avaliação de políticas públicas
O presidente e liderança indígena da Associação Yanomami URIHI, Junior Hekurari Yanomami, destacou a melhoria da situação vivida no território com a atuação integrada dos órgãos governamentais. Ele afirmou que, com o trabalho do Governo Federal, a situação das comunidades afetadas pelas atividades do garimpo está sendo resolvida.
“Em 2023, durante o início da operação do Governo Federal, encontraram o povo Yanomami abandonado, e muitas pessoas morreram de malária, pneumonia, diarreia, verminose e estavam totalmente sem medicamentos quando foi declarada a situação de emergência do povo Yanomami. Hoje, vemos o povo Yanomami se recuperando, as crianças brincando nas comunidades. O governo está mostrando o trabalho e devolvendo o bem-estar às comunidades”, pontuou a liderança.
Conheça as ações do Governo Federal para a proteção dos Yanomami
Assessoria de Comunicação/Funai
Com informações da Casa Civil