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Governo Federal impõe prejuízo de R$ 110 milhões ao garimpo na Terra Indígena Yanomami
Foto: Divulgação/Casa Civil
As operações do Governo Federal para combater o garimpo na Terra Indígena Yanomami (TIY) impuseram um prejuízo de mais de R$ 110 milhões aos criminosos que atuam na região. Aeronaves, motores, geradores e outros equipamentos usados na atividade criminosa foram inutilizados desde a implantação da Casa de Governo, em Boa Vista (RR), no final de fevereiro deste ano. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) é um dos órgãos que integra a estrutura. A autarquia é encarregada de articular e orientar a política indigenista.
Do valor total de prejuízos impostos às atividades de criminosos na TIY, somente com apreensões de ouro e outros minérios, o valor corresponde a R$ 9 milhões, apreensão de veículos a R$ 2 milhões, e multas aplicadas já somam R$ 11 milhões. Em outra frente, que se dá por meio de destruição e/ou inutilização, já são R$ 19 milhões apenas com aeronaves, mais R$ 34 milhões com pistas de pouso, outros R$ 30 milhões referentes a maquinários e mais R$ 5 milhões em outras apreensões e/ou destruições.
O extrato de custos do garimpo foi mapeado através do trabalho de inteligência realizado pelos órgãos federais. De acordo com a apuração, o aluguel de um barco para acessar o território chega a R$ 25 mil; o frete de voo custa em torno de R$ 15 mil; e o garimpo tem pago a pilotos de aeronaves R$ 200 mil ao mês. “A grama do ouro comprado direto do garimpo está com custo elevado, em torno de R$ 370”, revela o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, responsável pela articulação dos órgãos federais envolvidos.
Com a inutilização da infraestrutura arquitetada pelos criminosos, o custo do garimpo ilegal se torna cada vez mais alto. O diretor da Casa de Governo apresentou à equipe interministerial, durante reunião no Palácio do Planalto no dia 8 deste mês, o dado de 40% de aumento nos custos da atividade criminosa dentro da terra indígena. “O garimpo ilegal na Terra Yanomami será antieconômico”, afirmou Tubino.
Mais de 560 servidores federais formam a equipe em atuação. Eles realizaram 967 operações de inteligência, fiscalização e repressão entre os meses de março, abril, maio, junho e o início de julho deste ano. Neste mesmo período, 58 pessoas foram presas.
Nilton Tubino considera que o Governo Federal segue para uma nova fase do trabalho na Terra Yanomami. "Os resultados já alcançados mostram a efetividade da articulação e do planejamento instituído a partir da instalação da Casa de Governo. É importante destacar que estamos falando da maior terra indígena do Brasil, onde as riquezas do solo, dos rios, atraíram a atividade criminosa, com altos volumes de investimentos para a prática ilegal do garimpo. Mas estamos mostrando aos criminosos que não vamos tolerar a continuidade desta exploração”, garantiu.
A presença constante do Governo Federal no território Yanomami, por meio da Casa de Governo, responsável por coordenar as operações federais na região, tem forçado o recuo do garimpo. De acordo com dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o número de alertas da atividade criminosa na TIY caiu de 378 entre janeiro e abril do ano passado para 102 nos quatro primeiros meses de 2024, o que representa uma redução de 73%.
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Com informações da Casa Civil