Notícias
Governo Federal destroi acampamento usado pelo garimpo na Terra Indígena Yanomami
Uma operação conjunta, coordenada pela Casa de Governo, destruiu um acampamento utilizado pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) na terça-feira (25). A operação realizada pelo Exército, Ibama e Força Nacional é um desdobramento da presença constante do Governo Federal no território para expulsar os invasores e devolver a autonomia dos povos indígenas afetados pela atividade ilegal. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) é um dos órgãos que integra a Casa de Governo. A autarquia é encarregada de articular e orientar a política indigenista.
Localizado na região do Xitei, o acampamento ilegal contava com uma cozinha equipada com três freezers; sistema de internet via satélite Starlink; uma balança de grande porte usada para pesar os materiais extraídos ilegalmente; e rádios de comunicação, utilizados para coordenar as atividades ilícitas. A ação resultou ainda na destruição de 3 mil quilos de cassiterita, um minério altamente explorado na região, e na apreensão de 2.300 litros de combustível — utilizados nos equipamentos de mineração. Adicionalmente, uma pista de pouso clandestina foi desativada, impedindo o transporte de materiais e garimpeiros para a área.
O combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami é parte de um esforço contínuo do Governo Federal para proteger as populações indígenas e preservar o meio ambiente. As operações de segurança visam desmantelar as estruturas operacionais do garimpo ilegal que têm causado grandes danos à floresta e ameaçado a vida e a saúde dos povos indígenas no território. A presença conjunta dos entes federais reflete a importância e a urgência dessa iniciativa.
Com as ações, o número de alertas de garimpo na Terra Indígena TIY caiu de 378 entre janeiro e abril do ano passado para 102 nos quatro primeiros meses de 2024, o que representa uma redução de 73%. Os dados são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Confira aqui o balanço das ações na Terra Indígena Yanomami.
Entrega de alimentos
Ao mesmo tempo em que as operações de segurança são deflagradas, o Governo Federal segue com a entrega de cestas de alimentos para comunidades que ainda enfrentam dificuldades de autonomia alimentar, em razão da destruição ocasionada pelo garimpo.
A partir da centralidade desta operação de entrega de alimentos por parte da Funai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), iniciada em abril, o total de 8.763 cestas de alimentos foram entregues, beneficiando centenas de famílias. Desde o início de 2023, 78 mil cestas asseguraram alimento aos indígenas.
A entrega das cestas é realizada por meio de polos regionais, como Surucucu e Auris, com entregas emergenciais adicionais na comunidade Missão Katramani. Recentemente, a área de Palimiu também passou a ser atendida, graças aos esforços de desintrusão e combate ao garimpo.
"A situação é crítica e essas cestas básicas são uma linha de vida para muitas famílias", disse Paulo Oliveira, diretor de proteção territorial do MPI e responsável pela operação. "Estamos trabalhando incansavelmente para garantir que cada comunidade receba o suporte necessário."
Cada cesta foi cuidadosamente preparada para incluir alimentos de acordo com a dieta tradicional dos Yanomami, contribuindo para a saúde e bem-estar das comunidades. Os itens incluem farinha de mandioca, arroz, sal e proteína animal. As entregas são feitas por via aérea, um empreendimento logístico significativo, refletido no valor total empenhado para o contrato de horas de voo, que alcança R$ 185 milhões.
A Funai mantém diálogo constante com os indígenas para que os alimentos entregues sejam efetivos do ponto de vista nutricional e atendam as particularidades dos hábitos alimentares destes povos. A autarquia também coordena projetos desenvolvidos para assegurar segurança e soberania alimentar na Terra Indígena.
Nilton Tubino, diretor responsável pela Casa de Governo, destacou o compromisso da gestão federal em proteger e apoiar as comunidades indígenas que têm sofrido com a exploração ilegal de seus territórios. “Estamos determinados a fornecer não apenas assistência imediata, mas também a garantir a segurança e a sustentabilidade dessas comunidades no longo prazo”, assinalou.
A ação emergencial está sendo amplamente reconhecida como um modelo de intervenção humanitária eficaz, mostrando como o apoio governamental e a logística bem coordenada podem fazer a diferença em situações de crise. No entanto, os desafios permanecem, e a luta contra o garimpo ilegal continua sendo uma prioridade para garantir a preservação do território e da cultura Yanomami. O objetivo do Governo Federal é desarticular as atividades ilegais e, também, enviar uma mensagem clara de que está comprometido em proteger os recursos naturais e as comunidades indígenas do Brasil.
Assessoria de Comunicação/Funai
Com informações da Casa Civil