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Governo Federal concede terra pública ao povo Maxacali, em Minas Gerais
A comunidade indígena Maxacali recebeu autorização do Governo Federal para o funcionamento da Aldeia Escola Floresta em uma área de 121 hectares, no município de Teófilo Otoni, no estado de Minas Gerais. A assinatura do Contrato de Cessão de Uso Gratuito da área foi feita nesta sexta-feira (26), na sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), como parte das agendas do órgão indigenista no Abril Indígena, mês dedicado à luta e resistência dos povos originários.
“Agora, a gente vai poder caçar, pescar e reflorestar. Volto feliz para a minha aldeia. Meu povo agora está sabendo que a nossa terra recebeu esse documento para a força dos nossos encantados e manter seu território, o ritual, o canto e a preservação das nossas pinturas”, comemorou Sueli Maxacali, representante da comunidade que participou da cerimônia de assinatura.
O evento contou ainda com a participação das diretoras da Funai, Lucia Alberta, de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável; e Janete Carvalho, de Proteção Territorial; além do coordenador-geral de Assuntos Fundiários da Funai, José Aparecido Donizetti Briner; e da deputada federal Célia Xakriabá (MG).
A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, destacou o trabalho técnico que foi feito pelo órgão indigenista para chegar a esse momento. “Nosso papel é fazer as coisas acontecerem tecnicamente. É uma grande alegria consolidar essa assinatura para que o povo Maxacali possa utilizar o território para os seus projetos do bem-viver e, assim, assegurar o acesso aos direitos sociais e civis e corresponder às suas demandas. Foi um esforço coletivo tanto das lideranças indígenas quanto das nossas equipes da DPT [Diretoria de Proteção Territorial] e CR [Coordenação Regional de Minas Gerais e Espírito Santo]”, ressaltou.
A deputada Célia Xakriabá agradeceu o empenho da Fundação Nacional dos Povos Indígenas na causa. “Esse processo tramita há algum tempo no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e era essencial para a garantia da segurança alimentar, cultural e espiritual desse povo originário do Bioma Mata Atlântica, que vive entre Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo”, afirmou.
A Funai dará continuidade no seu papel institucional de trabalhar pelo bem-viver da comunidade na área pública concedida, a exemplo de projetos de reflorestamento por parte da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS).
Assessoria de Comunicação/Funai