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Funai trata com ministérios e Conab sobre recomposição da capacidade produtiva e insegurança alimentar de povos indígenas do Alto Xingu
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) sediou nesta quinta-feira (28) uma reunião para tratar da superação da insegurança alimentar pela qual vem passando as populações indígenas da região conhecida como Alto Xingu, no estado do Mato Grosso.
Além de representantes do órgão indigenista, a reunião contou com a participação de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As equipes seguem mobilizadas para garantir não só a distribuição de cestas de alimentos, como também a produção agrícola na região.
As comunidades indígenas do Alto Xingu relataram ao Governo Federal que a escassez de chuva nos últimos cinco anos, principalmente, em 2023, tem diminuído a produção de alimentos básicos tradicionais. Segundo a Associação de Moradores e Amigos da Aldeia Amary (AMA Amary), a situação preocupa todas as comunidades em razão da dependência de alimentos não indígenas que tem aumentado a cada ano.
“Mas precisamos sobreviver e nos prevenir para situações futuras, encontrar meios de contornar esses problemas e buscar novas maneiras de manter a nossa alimentação tradicional que, nesse momento, não está sendo possível fazer”, dizem as lideranças indígenas do Alto Xingu em documento enviado à Funai e ao MDA, que também solicita o envio de cestas de alimentos para as famílias xinguanas.
De acordo com a AMA Amary, a população do Alto Xingu soma cerca de 5 mil habitantes, distribuídos em 56 aldeias de variadas dimensões. E todas elas vêm sendo afetadas com a escassez de alimentos.
É para atender ao apelo das comunidades indígenas que o Governo Federal mobilizou seus ministérios competentes a buscar soluções para garantir alimentação básica na região, assim como o fortalecimento das atividades produtivas.
Assessoria de Comunicação/Funai