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Funai promove direitos sociais à comunidade Guarani Mbya em Cocalinho (MT)
Entre os dias 26 e 28 de março, a comunidade Guarani Mbya, no município de Cocalinho (MT), recebeu uma visita técnica da Coordenação Regional Araguaia Tocantins (CR-ATO), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Realizada pela Coordenação Técnica Local em Goiânia (CTL-GYN), da CR-ATO, a visita foi para a promoção dos direitos sociais dos povos indígenas da região.
Durante a visita, a equipe técnica da Funai distribuiu cestas de alimentos e conduziu diligências para avaliar a situação socioeconômica da comunidade. Foram feitos esclarecimentos sobre benefícios previdenciários e socioassistenciais e atualização do Cadastro Único (CadÚnico). Também foram dadas orientações para acesso aos serviços de saúde, medicamentos de alto custo e registro tardio de nascimento.
Para isso, houve reuniões com a Secretaria Municipal de Assistência Social, com a Secretaria Municipal de Saúde e com o cartório local. Houve, ainda, reunião de alinhamento, orientações e estabelecimento de parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cocalinho que, além de ribeirinhos e produtores rurais, também assiste aos indígenas.
“Fortalecer o diálogo com a rede de proteção social do município e os esclarecimento de informações para o acesso ao serviços ofertados pelo poder público, contribuem para o futuro estabelecimento de uma rede interinstitucional de proteção social aos povos indígenas não apenas em Cocalinho, como em todo o estado do Mato Grosso”, afirma o assistente técnico da CTL-GYN, Haroldo Resende.
Guarani Mbya no MT
O histórico da população Guarani Mbya em Mato Grosso, especialmente em Cocalinho, remonta a meados do século XX, com a chegada do primeiro grupo oriundo da região Sul do país. Este grupo teria se deslocado de uma região próxima à fronteira com o Paraguai e se instalado em uma área a cerca de 80 km de Cocalinho, na estrada para Água Boa (MT).
Um conflito fundiário em meados de 2000, porém, provocou a expulsão do povo Guarani Mbya das terras que estavam ocupando. Com isso, a população se instalou em um perímetro urbano da cidade. Não havendo disponibilidade de trabalho e de residência para todos, o grupo se dispersou. Por esse motivo, há famílias em outros municípios dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Pará. Outras vivem em fazendas da região onde trabalham.
O processo de resolução das terras e os desafios enfrentados pela comunidade foram amplamente documentados e estão sendo acompanhados pela Funai, que permanece vigilante em relação aos desdobramentos judiciais que afetam a comunidade. “A Funai reitera seu compromisso contínuo com a defesa dos direitos sociais e culturais das comunidades indígenas para lhes garantir condições dignas de vida e o respeito à sua identidade e território”, reforça o chefe da CTL-GYN, Francisco Oliveira.
Assessoria de Comunicação/Funai