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Funai participa de projeto da ONU Mulheres e Áustria para promover os direitos de mulheres indígenas
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou da cerimônia de assinatura de um novo projeto de cooperação da ONU Mulheres com a Embaixada da Áustria para a promoção dos direitos indígenas, intitulado "Liderança: mulheres brasileiras e uma abordagem transformadora de gênero para a justiça”. O evento ocorreu na terça-feira (27) na embaixada austríaca em Brasília. A Funai é uma das instituições que participam das ações do projeto.
A Áustria busca fortalecer a capacidade dos grupos de mulheres indígenas de influenciar as decisões relacionadas ao clima e aumentar a participação delas na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).
O evento contou com a participação da diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, e da coordenadora de Gênero, Assuntos Geracionais e Participação Social, Núbia Tupinambá. Também estiveram presentes representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), do Ministério das Mulheres, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), entre outros convidados.
Para Lucia Alberta, a cerimônia de assinatura do projeto é uma sinalização da atuação conjunta das instituições brasileiras e internacionais para fortalecer a participação das mulheres indígenas.
“O fortalecimento da participação das mulheres indígenas na COP30 é de fundamental importância porque o trabalho que elas desempenham em seus roçados e outros cultivares contribui para o equilíbrio climático. Por isso que as mulheres precisam ser valorizadas nas políticas públicas”, defendeu a diretora.
De acordo com Núbia Tupinambá, a parceria entre as instituições brasileiras e austríacas também tem relação com o fortalecimento da luta das mulheres indígenas em defesa dos seus direitos contra a violência.
O trabalho que as mulheres indígenas desempenham em seus roçados e outros cultivares contribui para o equilíbrio climático. Por isso que elas precisam ser valorizadas nas políticas públicas
Lucia Alberta, diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai
Segundo a representante Interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino, a expectativa é que a parceria influencie e permita o engajamento das mulheres indígenas na pauta da emergência climática, a partir das suas prioridades e da sua liderança. Ela também destacou a longevidade e o impacto político da parceria.
“Esse apoio que a Embaixada da Áustria vem concedendo às mulheres ao longo dos anos tem sido fundamental para sustentar um processo de construção e fortalecimento de um movimento pulsante e que já existe há algum tempo, mas que vem se organizando e aprimorando a sua pauta de advocacy”, frisou Ana Carolina Querino.
O embaixador da Áustria no Brasil, Stefan Scholz, ressaltou que o objetivo da parceria é mudar a sub-representação de mulheres e meninas na promoção da justiça climática em todos os níveis e em todos os setores, desde a comunidade até o planejamento federal, no setor público e no financiamento climático. Ele também relembrou alguns resultados importantes da articulação.
“As organizações da sociedade civil de mulheres indígenas demonstraram sua capacidade de advogar com eficácia em fóruns internacionais quando enviaram contribuições ao Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher para a recomendação sobre os direitos das mulheres e meninas indígenas e participaram das reuniões preparatórias para a COP26”, afirmou Stefan Scholz.
Assessoria de Comunicação/Funai
Com informações da ONU Mulheres