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Funai participa de consulta ao povo Karitiana e audiência pública sobre concessão para recuperação da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Rondônia
Entre os dias 9 e 11 de setembro, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou de uma consulta ao povo indígena Karitiana e de uma audiência pública relacionadas ao edital de licitação para a concessão de recuperação da Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, em Rondônia.
A consulta ocorreu no dia 9, em conjunto com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Durante a consulta, as lideranças indígenas reafirmaram o interesse em participar do projeto e ressaltaram a necessidade de mais iniciativas que gerem oportunidades de renda no território.
No dia 11 de setembro, foi realizada a audiência pública para a apresentação e coleta de contribuições à Proposta de Edital de Licitação para a concessão florestal. Na mesa de abertura, a servidora da Coordenação de Conservação e Recuperação Ambiental Cecília Pires reforçou o compromisso da Funai em apoiar a participação qualificada dos indígenas nas ações do projeto.
A concessão florestal para a restauração de áreas degradadas em Unidades de Conservação é uma inovação, na qual o Poder Público concede, por meio de contratos de longo prazo, o direito de comercializar os créditos de carbono gerados pela restauração, além do manejo sustentável de outros produtos florestais. O projeto prevê a recuperação de aproximadamente 15 mil hectares de área florestal degradada da Flona.
O povo da Terra Indígena Karitiana, vizinha à Flona do Bom Futuro, é considerado um ator fundamental para o projeto, dada a integridade ambiental de seu território e o amplo conhecimento tradicional associado à vegetação nativa. Segundo o diretor de Concessões do Serviço Florestal Brasileiro, Renato Rosenberg, a parceria entre a empresa concessionária e o povo indígena Karitiana pode ser considerada uma relação "ganha-ganha", em que são geradas oportunidades de renda e melhoria na qualidade de vida dos indígenas, enquanto a empresa se beneficia de insumos e mão de obra qualificada, além de agregar valor ao carbono comercializado, devido à responsabilidade socioambiental do projeto.