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Funai ouve demandas e apresenta ações no 1º Diálogo dos Povos Indígenas de RO, Noroeste de MT e Sul do AM
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou do 1º Diálogo dos Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste de Mato Grosso e Sul do Amazonas. O evento ocorreu entre os dias 27 a 29 de junho, na aldeia Lapetanha, localizada na Terra Indígena Sete de Setembro, do Povo Paiter Suruí, em Cacoal (RO).
O encontro teve como objetivo buscar soluções frente aos desafios enfrentados pelos povos indígenas da região relacionados à saúde, educação, demarcação, vigilância, proteção, fiscalização, alternativas econômicas, entre outros.
Também foi discutida a situação dos povos indígenas que vivem na cidade e outros encaminhamentos que foram entregues por meio de documentos pelas lideranças presentes no evento.
Diálogo
A diretora de Administração e Gestão (Dages), Mislene Metchacuna, participou das reuniões juntamente com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, prestando apoio conjunto aos povos da região.
“Viemos ouvir as demandas dos povos indígenas e, assim, estabelecer estratégias para que consigamos efetivar as políticas indigenistas na região”, frisou Mislene Metchacuna.
Devido à agenda no exterior, a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, participou da abertura do encontro de forma remota, colocando a autarquia indigenista à disposição para ouvir e encaminhar as solicitações.
Também participaram do evento representantes dos povos Paiter Suruí, Cassupá, Aikanã, Latundê, Kwasá, Apurinã, Cinta Larga, Paaset Sakurabiat, Mamaindê, Karipuna, Kaxarari Kaibú, Salamãi e Gavião.
A ministra Sonia Guajajara ressaltou a importância de escutar as comunidades para garantir a presença do Estado no atendimento aos povos indígenas. “A gente vem fazendo essa escuta e conversando com os povos para que a gente possa organizar as demandas de cada estado e dar encaminhamento dentro do que cabe a cada instituição”, destacou.
Ações da Funai
A presidenta da Funai, Joenia Wapichana, fez um breve panorama da atuação da Funai nesse período de um ano e meio da atual gestão. Entre as ações mencionadas, esteve a recuperação da capacidade institucional da Funai para que voltasse a colocar em prática as suas atribuições, como a demarcação de terras indígenas; a constituição de um Grupo de Trabalho, que se encontra em andamento, para a reestruturação da autarquia com a participação inédita de servidores, representantes dos povos indígenas e demais atores que atuam na pauta indígena.
E, ainda, a realização de concurso público para recompor o quadro de servidores, com 30% das vagas reservadas para indígenas. Além das 502 vagas aprovadas pelo Governo Federal, a Funai pleiteia mais 700.
Joenia também falou das parcerias que a Funai tem buscado com universidades e outras entidades nacionais e internacionais para o fortalecimento institucional. A presidenta mencionou ainda a promoção de ações de gestão ambiental e territorial para evitar arrendamento e outras explorações indevidas dos territórios por madeireiros, garimpeiros e demais invasores.
“Existem terras que estamos trabalhando para regularizar, mas temos que ter alternativas econômicas e apoiar os povos indígenas nos seus projetos para que decidam, por si só, a atividade que querem desenvolver, seja de agricultura, piscicultura, etnoturismo, manejos sustentáveis ou outros. Por isso, a Funai está buscando parcerias para apoiar esses projetos”, reforçou.
Assessoria de Comunicação/FunaI