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Funai, Ibama, Polícia Federal e Força Nacional combatem incêndios criminosos na Terra Indígena Apyterewa, no Pará
A Terra Indígena (TI) Apyterewa, no estado do Pará, tem sido alvo de incêndios criminosos. Para combater os incêndios e proteger o povo Parakanã, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) vem somando esforços com apoio logístico e operacional às equipes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), vinculado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As ações de combate contam ainda com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Os incêndios criminosos foram identificados no curso das ações de pós-desintrusão na TI Apyterewa. Segundo as equipes de fiscalização, o fogo tem sido provocado intencionalmente por invasores que já foram retirados da área, em parte, como tentativa de obstruir os trabalhos de retirada de rebanhos criados ilegalmente na Terra Indígena. A Polícia Federal está investigando o caso para identificar e responsabilizar quem vem provocando os incêndios.
O Governo Federal mantém equipes permanentes de fiscalização no território para combate a práticas ilícitas. No curso das fiscalizações, foi constatado que parte dos invasores retirados da TI Apyterewa se instalaram em vilas próximas da Terra Indígena para tentar manter a exploração ilegal dos recursos naturais na área, como lavouras de cacau e pastagens. Daí a razão de manter equipes permanentes para proteger o povo Parakanã e garantir o usufruto exclusivo do território tradicionalmente ocupado.
A presença permanente do Estado brasileiro desde 2023 na região fez com que o chamado desmatamento de corte raso na TI Apyterewa - considerada até então a mais desmatada da Amazônia Legal - diminuísse consideravelmente. De 8,6 mil hectares de floresta desmatada, em 2022, o desmatamento caiu para 2,6 mil, em 2023, e 11 hectares no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados do Centro de Monitoramento Remoto (CMR), da Funai.
O desmatamento de corte raso é ação de derrubar a floresta de uma só vez para atividade ilegal. As fiscalizações das forças de segurança pública e agentes ambientais, com apoio da Funai, visam a aumentar a proteção dos povos indígenas e dos recursos naturais na TI Apyterewa.
Assessoria de Comunicação/Funai