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Funai atua para que mulheres indígenas sejam respeitadas e tenham seus direitos garantidos
Foto: Lohana Chaves/Funai
Neste 8 de março, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), além de parabenizá-las, destaca que ser mulher indígena é sinônimo de resistência e resiliência. Motivadas pela garantia de seus direitos, elas lutam por igualdade, respeito, dignidade e reconhecimento.
Juntas e com a força das ancestrais, as mulheres indígenas se unem às mulheres indigenistas para atuarem como figuras transformadoras da história, sendo referência para que jovens e meninas deem passos cada vez maiores e ocupem espaços de protagonismo na política e demais espaços de poder, seja na aldeia ou na cidade.
A atual gestão da Funai é um importante capítulo da história da mulher indígena brasileira. Desde a criação do órgão responsável pela política indigenista no Brasil, em 1967, a presidência da fundação está pela primeira vez sob a liderança de uma mulher indígena.
Natural de Boa Vista (RR), a presidenta Joenia Wapichana acumula uma longa trajetória de defesa dos povos originários, sendo a primeira mulher indígena a exercer a advocacia no no Brasil, e também a primeira deputada federal indígena do país.
Além da presidenta Joenia Wapichana, a força-motriz da Funai é movida por mulheres qualificadas e conscientes de que representam tantas outras atuantes no órgão indigenista em todas as partes do Brasil. Elas também dão esperanças para as mulheres indígenas que buscam a garantia e a proteção de seus direitos nos territórios em que vivem.
Indígena do povo Baré, do Amazonas, Lucia Alberta Andrade é diretora de Proteção ao Desenvolvimento Sustentável. Já a Diretoria de Proteção Territorial (DPT) da Funai é conduzida pela servidora Janete Carvalho, que dispõe de uma trajetória ímpar de trabalho dedicado à política indigenista.
À frente da Diretoria de Administração e Gestão (Dages) está Mislene Metchacuna, servidora e indígena do povo Tikuna, maior população indígena do país. A atuação das mulheres indígenas no órgão se expande para as coordenações regionais, a exemplo de Marizete de Souza, do povo Macuxi. Ela gerencia a CR Roraima e, inclusive, esteve presente e engajada nos debates sobre a demarcação do território Raposa Serra do Sol, localizado em Roraima.
Unidas, as mulheres indígenas e indigenistas da Funai não medem esforços para executar ações que resultem na defesa das mulheres e no combate a violações de gênero. Juntas, a presidenta, diretoras, coordenadoras regionais e servidoras seguem trabalhando intensamente para que a mulher indígena tenha voz e os seus direitos sejam respeitados.
Neste dia, a Fundação reafirma o seu compromisso com a pauta das mulheres, para que elas possam viver numa sociedade sem misoginia e sem violência de gênero.
II Semana Mulheres no Indigenismo
De segunda (4) até esta sexta-feira (8), ocorreu a II Semana Mulheres no Indigenismo, evento virtual promovido pela Funai para comemorar o Dia Internacional da Mulher, e também disseminar conhecimentos científicos desenvolvidos por servidoras do órgão em torno da pauta indigenista. A Coordenação de Desenvolvimento Pessoal da fundação esteve à frente da organização, que contou com mais de 400 inscrições.
A psicóloga Dália Matos Bezerra da Silva, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, abriu a programação com a palestra “Inteligência emocional da mulher em contexto moderno e pós-moderno”. Nos dias subsequentes, as servidoras da Funai Maíra Taquiguthi Ribeiro, Lorena Rodrigues Soares, Carolina Delgado de Carvalho e Rachel Geber Correa apresentaram os estudos científicos resultantes de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).
Assessoria de Comunicação/Funai