Funai acolhe demandas de delegação de indígenas do Mato Grosso do Sul e do Paraná sobre demarcação

A presidenta-substituta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Lucia Alberta Andrade, e as diretoras de Proteção Territorial e de Administração e Gestão, Janete Carvalho e Mislene Metchacuna, respectivamente, receberam uma delegação de indígenas do Mato Grosso do Sul e do Paraná. A reunião com a comitiva dos povos Terena, Guarani Kaiowá, Kinikinau e Avá-Guarani ocorreu na sede do órgão indigenista, em Brasília, na tarde desta terça-feira (19).

Durante o encontro, as lideranças indígenas listaram demandas relacionadas à questão fundiária e ao processo de demarcação de terras indígenas. A comitiva trouxe reivindicações a respeito do processo de retirada de não indígenas dos territórios. 

Pela Funai, estiveram presentes a coordenadora-geral de Identificação e Delimitação, Nina Almeida; a coordenadora-geral de Geoprocessamento, Rosane Amaral; o assessor técnico da Diretoria de Proteção Territorial (DPT), Manoel Prado Júnior; o indigenista especializado da Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação (CGID) Felipe Vianna; e Pedro Grande, também da CGID.

As diretoras recepcionaram a comitiva destacando que o órgão indigenista não mede esforços para avançar nas pautas de regularização fundiária e de demarcação de terras indígenas, levando em consideração a segurança jurídica. 

“Junto aos parentes, nós temos que trabalhar unidos para avançarmos e fortalecermos ainda mais a Funai. Recebemos a Funai em uma situação muito delicada e fragilizada por quem estava aqui antes de nós”, ressaltou Lucia Alberta. A presidenta-substituta enfatizou que a fundação atua de mãos dadas e em diálogo constante com os povos indígenas. 

De acordo com a diretora de Proteção Territorial, o atual momento requer reorganização e estabelecer estratégias para retomar o trabalho de regularização fundiária e demarcação de terras indígenas. “Estamos juntos e vamos continuar em frente. É necessário falar isso para vocês, justamente, nesta relação transparente”, declarou Janete Albuquerque.  

“Nós precisamos da força de vocês. Sabemos o tanto que é difícil para vocês chegarem aqui em Brasília. Vocês podem ter certeza de que isso nos fortalece”, afirmou Janete Carvalho sobre a visita da comitiva dos povos Terena, Guarani Kaiowá, Kinikinau e Avá-Guarani.   

A diretora de Administração e Gestão, Mislene Metchacuna, acrescentou que o órgão indigenista opera em meio a desafios, e a gestão da presidenta Joenia Wapichana está empenhada em aprimorar o trabalho da fundação em todas as regiões do Brasil. “Podemos falar de muitos avanços, mas a questão fundiária é algo bastante delicado e, nem por isso, estamos deixando de lutar e de resistir junto de vocês. Sabemos que esperam uma Funai melhor e nosso intuito é tentar melhorar a atuação da Funai em todas as terras indígenas”, reforçou. 

“A nossa conversa e articulação está em um momento de ouvi-los. Recebemos cada um com muita alegria e satisfação. Sabemos que existe todo um esforço desde a saída da casa de vocês até a chegada em Brasília para trazer suas demandas. Nós estamos aqui para recepcionar as solicitações”, completou Mislene Metchacuna.  

Assessoria de Comunicação/Funai