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Em visita ao Centro Audiovisual da Funai em Goiânia, cacique Raoni defende a importância de ampliar a divulgação da cultura indígena
O cacique Raoni Mẽtyktire, 92 anos, defendeu que a divulgação da cultura indígena é uma forma de conquistar o respeito dos não indígenas. “Quem não conhece nossa cultura, não entende a gente e não nos respeita”, afirmou o cacique, considerado uma das mais importantes vozes da resistência indígena no Brasil.
A declaração foi feita na terça-feira (21) durante visita ao Centro Audiovisual (CAud), em Goiânia (GO), espaço da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), gerido pelo Museu do Índio para valorizar a cultura indígena do país.
Em uma roda de conversa sobre direitos indígenas, promovida pelo CAud, Raoni criticou a tese do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Para ele, a motivação dos defensores da tese é derrubar as florestas e negar a existência dos povos indígenas.
Além da roda de conversa, o cacique visitou a exposição Xingu:contatos, organizada pelo Instituto Moreira Salles. A seleção reúne cerca de 150 itens, entre filmes, obras e documentos. A mostra foi aberta na inauguração do CAud, em 11 de julho, e conta a história do povo do Xingu e sua produção audiovisual contemporânea.
Uma das imagens retrata o próprio Raoni em suas lutas pela demarcação de terras e preservação das florestas. Depois de apreciar a exposição, o cacique enfatizou que a juventude precisa visitar a mostra para conhecer o histórico de luta e resistência de quem veio antes dela.
Assessoria de Comunicação/Funai
Com informações do Museu do Índio